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Bridge 101 Aceleradora muda sua metodologia de negócio em meio à pandemia

Com a virtualização dos processos, a aceleradora conseguiu ultrapassar as fronteiras e hoje auxilia também startups de fora do Brasil

O segmento das startups teve um aumento significativo nos últimos anos. De 2015 a 2019 o número de startups triplicou, passando de 4.151 para 12.727, o que representa um aumento de 207%, segundo a Associação Brasileira das Startups (Abstartups).  Dentro desse universo promissor, em Florianópolis (SC), uma importante ponte para o desenvolvimento de novos negócios é a Bridge 101 Aceleradora. Incubada no CELTA desde 2019, principal núcleo de desenvolvimento e suporte para empresas de tecnologias da capital catarinense, a aceleradora mantém 30 startups ativas de diferentes partes do Brasil e algumas do exterior, como Alemanha e Portugal.

Isso foi possível graças à virtualização dos seus processos e mudanças de rotinas, impulsionada pela pandemia da COVID-19, que levou os sócios da Bridge 101 a repensarem sua metodologia de negócio: “Começamos com um modelo de negócio onde a gente abria os braços para qualquer um e hoje aprendemos que não tem como fazer isso. Chegamos a ter 40 startups rodando, sem ter nenhum resultado. Fizemos uma atualização do nosso processo, praticamente zerando o número de startups e ficamos com três funcionando, que hoje são as nossas melhores”, pondera Henrique Otte, fundador e CEO da Bridge 101 Aceleradora.

A nova metodologia, iniciada em meados de 2020, é dividida em dois níveis. O primeiro consiste em um nivelamento, corrigindo alguns vícios naturais dos novos negócios, guiando-as dentro do método das startups. “A ideia é transformar novas ideias e startups iniciantes em máquinas de vendas”, comenta Otte. Já a segunda etapa é de fato a aceleração, onde os mentorados passam por um curso para aparar as arestas. É nesta fase que a Bridge 101 entra como sócia dos investimentos, aproximando investidores anjos e trazendo a sua rede de contatos para junto dos novos negócios.

Os resultados dessa mudança já são contabilizados. Muitas startups dentro da aceleradora, com um ano de rodagem, já conseguiram atingir um faturamento de 1 milhão. Outras com poucas semanas de aceleração também já estão conseguindo resultados de vendas significativos. Para Otte, estar dentro da Incubadora CELTA foi um grande diferencial que ajudou a alcançar esse sucesso: “O CELTA é uma máquina de negócios, ele oferece muito mais que um espaço. Além de contar com uma rede que é capaz de projetar as nossas startups para o mundo inteiro”, argumenta.

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