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Com mais de R$ 80 milhões investidos, CVentures faz balanço dos resultados e planeja aportes

case celta cventure

Criada com o objetivo de suprir a necessidade de capital para empresas em estágio inicial, a Cventures Empreendimentos Inovadores, braço de investimentos da Fundação Certi, está em fase de transição do Fundo Primus I para o Primus II e comemora o aporte de mais de R$ 80 milhões em 15 startups dos três Estados da região do Sul e de São Paulo. “Temos uma série de empresas, produtos e tecnologias super bacanas, mas com dificuldades em acessar o mercado. A CVentures nasceu com o objetivo de trazer o capital e ajudar essas empresas a venderem seus produtos e seus serviços”, destaca Adonay Freitas, diretor de Investimentos do Fundo CVentures Primus.

Em atuação desde 2013, o Fundo foi indicado em 2020 ao prêmio Startup Awards, uma iniciativa da Associação Brasileira de Startups (ABStartups), como um dos três melhores fundos de venture capital do Brasil. “Isso é muito importante, mas talvez nosso maior prêmio são as mais de 15 empresas que a gente investiu e hoje tem mais de mil colaboradores. Temos orgulho disso também”, ressalta Adonay.

Quatro delas já foram vendidas, caso das catarinenses Hiper (adquirida pela Linx) e Zygo (agora empresa da PagSeguro). “Estamos realizando esses desinvestimentos e ajudando nas outras 11 empresas a fazer novas rodadas de captações para continuarem seus ciclos de crescimento em ritmo acelerado”, ressalta Adonay.

Dos R$ 84,3 milhões disponíveis para serem  investidos pelo Fundo Primus I, 60% foram destinados para empresas de Santa Catarina. “Como temos um ecossistema muito forte no Estado, acabamos, de certa forma, concentrando uma parte relevante dos investimentos dentro desse ecossistema, mas temos empresas do Rio Grande do Sul, do Paraná e de São Paulo”, explica o diretor.

Primus II

No início de 2021 será a vez do Primus II, focado em empresas de alto crescimento (scale-ups). O novo fundo deve contar com R$ 60 milhões em recursos (quase um terço já captado) e permite alocações via Lei de Informática.

O momento atual é de avaliação das empresas que receberão os novos investimentos. “Neste momento estamos interagindo e conversando com algumas empresas, entendendo o projeto, a dinâmica da empresa, se está dentro da tese que o fundo pretende alocar, olhando eventualmente um possível aporte a partir do segundo semestre do ano que vem”, adianta Adonay. De maneira geral, no site www.fundoprimus.com.br  e www.cventures.com.br e também pelo e-mail contato@cventures.com.br  é possível obter mais informações sobre o processos do Fundo Primus II. “É por meio destes canais que comunicamos a oportunidade de investimentos e, por onde, empreendedores com interesse podem enviar pitchs”, complementa.

De acordo com a experiência do Fundo I, o diretor adverte que o processo tem um ciclo longo. “Da análise até a aplicação do recurso a duração média é de quatro a seis meses. Dentro deste processo a gente acaba olhando muito o modelo de negócio, quem são os empreendedores, qual a tecnologia ou a inovação, o produto, o mercado onde aquela empresa quer trabalhar, a composição da equipe de trabalho, a gestão da empresa e a visão financeira.

Fazemos uma análise de cada uma destas verticais. Ao longo do processo são mais de 200 itens. Isso acaba virando uma ferramenta muito importante para milhões, dos R$ 84,3 milhões disponíveis. “Contatamos mais de 1.900 startups, que passaram pelo processo de avaliação. Do total, 150 avançaram, 29 passaram para um processo de análise e investimos em 15 empresas. Tivemos um trabalho bem robusto de poder identificar esses projetos, no estágio inicial”, finaliza.

Cases de sucesso

Entre os investimentos, um dos cases de sucesso foi a Exact Sales, empresa que nasceu no Celta. “Na época era uma empresa muito dedicada à consultoria na área comercial. O fundador vendia uma metodologia de consultoria comercial para empresas que tinham um processo comercial complexo. Ajudamos na transformação de uma empresa de software de recorrência, que hoje é líder de mercado com um dos principais softwares na área comercial”, lembra Adonay. Em 2015, o primeiro investimento, quando a empresa tinha seis meses de vida, foi de R$ 1 milhão. “No total o fundo acabou investindo naquele período R$ 5 milhões na Exact, ajudando a empresa a crescer e ter um posicionamento relevante no mercado”, evidencia.

Exemplos como esse servem de inspiração para a jornada do Primus II. “Esse é um caso que a gente conseguiu fazer o investimento inicial para ajudar no desenvolvimento da tecnologia, do produto. Quando ele foi desenvolvido e validado no mercado, fizemos uma nova rodada para permitir a expansão da empresa no mercado que ela estava inserida. Dois anos depois essa empresa acabou recebendo uma nova rodada, de um novo investidor. Hoje são mais de 240 colaboradores e a empresa tem planos de crescimento bem agressivo”, conta Adonay.

Em plena pandemia, a Exact está em um momento importante de crescimento, na perspectiva de fechar o ano que vem com mais de 600 colaboradores. “Participamos desde o início da jornada e hoje é uma das principais empresas de tecnologia do nosso ecossistema”, orgulha-se o diretor da CVentures.

Um dos diferenciais da Cventures é no aspecto de originação dessas empresas de tecnologia por estar inserido em um ecossistema muito robusto. “De empresas que nascem aqui do Celta, conseguimos identificá-las no processo inicial”, destaca Adonay. No histórico do Fundo está o investimento de R$ 81 milhões, dos R$ 84,3 milhões disponíveis. “Contatamos mais de 1.900 startups, que passaram pelo processo de avaliação. Do total, 150 avançaram, 29 passaram para um processo de análise e investimos em 15 empresas. Tivemos um trabalho bem robusto de poder identificar esses projetos, no estágio inicial”, finaliza.

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