O cenário global exige novas soluções para lidar com os problemas ambientais e sociais. Neste contexto, a bioeconomia surge como principal campo para promover inovações que tenham como foco o desenvolvimento sustentável.
Startups e empreendedores podem se beneficiar de fundos de investimentos para a bioeconomia, recurso fundamental para escalar o negócio e aumentar suas chances de alcançar o sucesso no mercado.
A seguir, vamos detalhar os passos que as empresas devem seguir para se preparar para a captação de investimentos. Acompanhe!
Como funcionam os fundos de investimento para bioeconomia?
A bioeconomia envolve uma variedade de atividades econômicas que utilizam recursos biológicos de forma sustentável para produzir bens e serviços. Isso inclui empresas de todos os portes, de startups em aceleração ao setor industrial.
Os fundos de investimento para bioeconomia atendem a toda essa diversidade. Desde a agricultura familiar aos projetos inovadores para geração de energia limpa, passando por diferentes iniciativas que têm a preocupação com o meio ambiente no cerne das suas atividades.
Um exemplo é o recém-lançado Programa de Bioeconomia para a Amazônia, uma parceria entre o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e o Banco do Brasil.
O plano lança uma linha de crédito para modelos de negócio que participam das inúmeras cadeias da bioeconomia na Amazônia e que promovam o desenvolvimento sustentável da floresta.
Leia mais: Como captar recursos para inovar e empreender no Brasil
Como preparar a sua startup para captar esse tipo de fundo?
Para se organizar para captar fundos de investimentos para bioeconomia, é necessário considerar algumas etapas essenciais:
Refine seu modelo de negócio
O primeiro passo é o desenvolvimento de um plano de negócios bem detalhado. O foco deve estar na experiência do cliente e na entrega de resultados.
Antes da explosão das startups, até mesmo empresas que não entregavam resultados conseguiam captar investimentos. Hoje, porém, o foco dos investidores são negócios que gerem resultados concretos.
Por isso, o plano de negócios deve ser bem estruturado, com uma clara proposta de valor e do diferencial competitivo da startup. Ele deve incluir uma descrição da missão, dos valores, do mercado e público-alvo.
Deve contar também com um mapeamento da concorrência, as formas com que o negócio obterá receita, estratégias de crescimento e projeções financeiras que sustentem seu potencial.
Valide sua tecnologia e inovação
Para startups que buscam fundos maiores, é indispensável validar a solução oferecida. É preciso ter claro como o produto ou serviço resolve as dores de potenciais clientes e como ele pode ganhar tração no mercado.
Para isso, métricas e indicadores de desempenho são importantes para demonstrar o verdadeiro potencial de escalabilidade da solução. Essas informações comprovarão que existe um mercado para adquirir o que a empresa oferece.
Demonstre resultados e tração
Investidores confiam e buscam dados e resultados concretos. Para negócios que já possuem um MVP ou um protótipo funcional, informações sobre marcos alcançados, taxa de crescimento, índices de aquisição de clientes e receita gerada podem fazer a diferença.
Analise o seu valuation
A análise do valuation deve ser coerente. É preciso mostrar aos investidores o quanto a empresa realmente vale.
Se o negócio for avaliado em um valor acima do considerado justo, será mais difícil atrair recursos. Por outro lado, quando a avaliação fica abaixo, o empreendedor pode acabar cedendo uma fatia maior do que a necessária aos futuros sócios.
Prepare um plano de utilização de recursos
O que a empresa vai fazer com os recursos captados do fundo de investimento? Isso também deve estar previamente planejado.
Deve-se ter um plano para o uso deste capital, demonstrando como o dinheiro será distribuído dentro da startup, quais áreas serão priorizadas e com qual objetivo.
O plano também deve conter metas e indicadores que serão usados para mensurar os resultados e o desempenho do negócio.
Realize um due diligence interno
A empresa precisa ter o básico – financeiro, fiscal, administrativo e marketing – organizado. Muitas startups focam apenas na sua operação e negligenciam esses setores.
Podemos chamar a essa organização de due diligence interno, que trata-se de um processo de auditoria prévia, com a busca e análise de informações, incluindo riscos e oportunidades. Seu objetivo é facilitar a decisão dos investidores ao dar mais confiança a eles.
O due diligence é muito importante para identificar e corrigir quaisquer aspectos que possam gerar passivos para a empresa – reputacionais, financeiros, jurídicos etc.
Estude as possibilidades de investimento
Outro passo necessário para captar fundos de investimentos para bioeconomia é entender o fluxo do investimento recebido e como será o retorno.
Mais uma vez, o planejamento financeiro é central. A estratégia de saída deve trazer um detalhamento de como se dará o retorno sobre o investimento de quem aportou capital na empresa.
Para isso, é importante que haja um alinhamento claro dos interesses e das expectativas entre os investidores e os fundadores da startup.
Principais fundos de investimentos para bioeconomia
Além do Programa de Bioeconomia para Amazônia, que vai liberar mais de R$ 1 bilhão em créditos do BID e do Fundo Verde do Clima, existem diversos fundos nacionais e internacionais voltados para a bioeconomia.
O próprio BID possui outros fundos, sobretudo no contexto do programa Amazônia Sempre. Um deles prevê investimentos de US$ 7,2 milhões para práticas agropecuárias e de agrossilvicultura.
Nacionalmente, o governo do estado do Pará lançou o Plano Estadual de Bioeconomia (Plano) que prevê investimentos de até R$ 178 bilhões até 2040.
Vale ainda citar o Fundo Amazônia, criado pelo BNDES. Seu objetivo é obter recursos para promover a prevenção do meio ambiente e o combate ao desmatamento por meio do uso sustentável da floresta.
Como a Fundação CERTI pode ajudar nesse processo?
A Jornada Amazônia é uma plataforma liderada e gerida pela Fundação CERTI. A iniciativa tem três objetivos principais:
- Fortalecer o empreendedorismo de impacto e a inovação na região amazônica e aumentar o número de empresas na bioeconomia;
- Melhorar as condições de performance das startups mais promissoras, considerando aquelas que já atuam na região;
- Fortalecer organizações estratégicas do ecossistema de inovação, como incubadoras, aceleradoras e venture builders.
Com isso, a Fundação CERTI, por meio da Jornada Amazônia, busca promover a competitividade da floresta em pé, criando um ecossistema de negócios inovadores e escaláveis da bioeconomia.
Baixe o e-book Jornada Amazônia: como a CERTI atua promovendo iniciativas de desenvolvimento de ecossistemas de inovação de impacto na região amazônica e entenda mais sobre este projeto!