No texto anterior falamos sobre o “Desenvolvimentos de hardware para plataformas IoT no Brasil”. Nele explicamos como o governo brasileiro tem se preparado para incentivar iniciativas relacionadas ao desenvolvimento de IoT no Brasil e por que é interessante investir nisso. Há expectativa de que o impacto gerado pela IoT até 2025 seja maior do que o causado pela robótica avançada, tecnologias cloud e até mesmo do que a internet móvel. Sendo assim, nada mais estratégico do que investir nesse mercado a partir de agora.
O mercado consumidor estará mais preparado para receber as novidades relacionadas à IoT à medida que elas forem surgindo.
No entanto, junto com toda inovação surgem dúvidas. Uma delas é sobre qual plataforma devem-se desenvolver protótipos e novas ideias, já que há muitas opções disponíveis. Acima de tudo, a dica de ouro é: pesquise muito antes. O desenvolvimento de IoT costuma envolver, além de investimentos financeiros, muito investimento de tempo. Priorizar esse tempo de pesquisa prévia sobre qual plataforma é ideal para as suas necessidades é fundamental para não perder tempo mais tarde. Para te ajudar nessa missão preparamos 5 passos para a escolha de uma tecnologia ideal:
1 – Pesquise o mercado
Especialmente se você é um desenvolvedor iniciante, é muito comum empolgar-se com a ideia inicial e partir logo para a execução. Porém, antes de investir o esforço em qualquer ideia que seja, a primeira atitude do desenvolvimento de IoT deveria ser a pesquisa de mercado. Saber quem são os concorrentes, quais são os pontos fortes e fracos, o que ainda precisa ser desenvolvido e o que pode ser aprimorado são pontos fundamentais para um bom produto. Uma dica é participar de eventos do seu segmento, saber o que os outros estão pensando para o futuro e assim aprimorar sua ideia.
Outra pesquisa importante de mercado é a que responde a seguinte pergunta: quem compraria o meu produto? Muitas vezes a ideia é boa, é bem executada, mas ainda não está no momento certo para ser lançada, ou seja, ainda não há pessoas interessadas ou maduras tecnologicamente o suficiente para gerar demanda. Por isso, pense bem antes de começar o desenvolvimento de IoT.
2 – Planejamento é fundamental
Você já pesquisou o mercado e percebeu que sua ideia é mesmo boa. Agora é o momento de planejar as ações. Como já mencionamos, perder tempo realizando atividades que não vão trazer resultados é um dos erros mais comuns no desenvolvimento de IoT, assim como em outras tecnologias inovadoras. Após a pesquisa inicial, monte cronogramas, estabeleça metas, escolha datas. Afinal, apesar de ser de fundamental importância pesquisar e saber muito bem o que está fazendo, pode ser que outras pessoas também tenham a mesma ideia e estejam desenvolvendo no mesmo momento que você. Ser organizado e sair na frente, nesse caso, seria estratégico.
3 – Busque incentivos
Conseguir dinheiro para o desenvolvimento de IoT costuma ser trabalhoso. É preciso ir atrás de linhas de crédito, programas de aceleração e investidores dispostos a acreditar na sua ideia. A boa notícia é que o IoT está em alta e, se você realmente teve uma grande sacada, sabe como desenvolver e tem metas possíveis, dificilmente não conseguirá um investimento. A dica, mais uma vez, é pesquisar e estar atento. Alguns editais têm prazos bem definidos, exigências e uma série de burocracias que irão demandar, mais uma vez, muito foco e organização.
4 – Procure parceiros
É impressionante como muitas ideias parecidas são desenvolvidas por empresas diferentes ao mesmo tempo. Caso você tenha identificado, na sua pesquisa, que esse é o caso, que tal unir forças com um parceiro? Pode ser que a parceria seja benéfica para ambos e que um tenha qualidades que o outro não tem. Juntos, as chances de lançar um produto mais bem acabado, robusto e em menos tempo se tornam maiores. Isso inclui também estar em ambientes que proporcionem a troca de experiência e a soma de ideias para otimização do produto, como incubadoras, espaços de co-working, entre outros.
O quinto passo é um dos mais importantes, pois diz respeito ao desenvolvimento do produto em si, por isso dedicamos um tópico maior a ele:
5 – E na hora de escolher o hardware para prototipagem, como fazer?
Após todas as etapas de planejamento, é hora de colocar em prática todas as suas ideias em um protótipo. Ele é importante para mostrar a sua capacidade de execução e dar vida à uma ideia que pode ser que exista apenas no papel. Aí um detalhe importante surge: qual hardware escolher? Uma placa de desenvolvimento de IoT eficaz possui algumas características indispensáveis. A seguir, listamos as características da Certi NIO, uma placa microcontrolada de dimensões reduzidas para você materializar seus projetos:
Facilidade de uso
Desenvolver um novo produto já é complicado. Imagine se a placa para prototipagem escolhida for difícil de controlar, apresentar falhas de sistema ou obtiver lacunas que só serão descobertas durante o desenvolvimento. Por isso, verifique se a placa escolhida atende às suas necessidades e se executar o seu protótipo será simples. Só assim você poderá entregar o projeto no prazo e não terá atrasos decorrentes de falhas na prototipagem.
Robustez
A robustez de uma placa eletrônica depende de muitos fatores: qualidade desde a fabricação da PCB aos componentes, montagem, soldagem, etc. Conhecer cada um desses detalhes é fundamental para ter certeza de que o seu produto funcionará bem. Afinal, de nada adianta ter uma placa fácil de programar se ela é frágil e falha nos primeiros usos. Além de simples, ela precisa ser robusta. Escolha um fornecedor de confiança, que tenha nome no mercado e o qual você pode contar caso tenha problemas. Isso é fundamental para o sucesso e para evitar futuras dores de cabeça. No caso da Certi NIO, trabalhamos com a Produza, a montadora de placas eletrônicas parceira da Certi que é referência no segmento.
Conectividade
No texto “IoT aplicado: conceitos iniciais de building automation” vimos o quanto a conectividade é um ponto chave para o desenvolvimento de IoT. Em um futuro próximo, as máquinas trabalharão para nós e junto conosco. Por isso, é difícil imaginar um dispositivo voltado para a internet das coisas que não se conecte com as pessoas ou com outros dispositivos. Outro texto também publicado no nosso blog dá o exemplo de aplicação do IoT para Smart Buildings. Nele, falamos sobre como as construções serão mais inteligentes desde a construção até a gestão de portarias, sistemas de segurança e até eletrodomésticos. Sendo assim, é muito importante que o hardware escolhido garanta a conectividade de forma simples. Na Certi NIO, a conectividade é garantida por Wi-Fi e Bluetooth, além de interfaces para câmeras, displays e outros dispositivos.
Tamanho
As dimensões da placa fazem a diferença quando é preciso acoplá-la em dispositivos pequenos. No IoT isso é uma realidade comum, já que muitos experimentos são feitos em roupas, instalados em maçanetas, interruptores e outros. O tamanho da placa muitas vezes é um empecilho pois, quando muito pequena, muitas vezes não consegue comportar todas as funções necessárias. A Certi NIO consegue em um espaço de 29.95mm (L) x 46.60mm (C) x 4.29mm (A) e ter os seguintes componentes:
– ARM® Cortex®-M4 32bits 180MHz MCU+FPU
– SDRAM 32MB e Flash Quad SPI 32MB
– Wi-Fi 2.4GHz IEEE 802.11(b/g/n/d/e/h/i) + Bluetooth 4.2
– Acelerômetro, Giroscópio e Magnetômetro 3D
– Digital Camera Interface (DCMI)
– Display Serial Interface (DSI)
– LEDs configuráveis
– USB High Speed
– Ethernet 10/100 RMII
– Protocolos de comunicação: I2C, SPI, USART, CAN
– ADC (in), DAC (out)
Observadas todas essas qualidades, fica fácil perceber como a Certi NIO é capaz de facilitar a vida de desenvolvedores que pretendem testar, ou mesmo comercializar, aplicações de desenvolvimento de IoT. Nossa placa é uma iniciativa brasileira, totalmente inovadora no nosso mercado, e será comercializada em breve no sistema de Crowdfunding. Acesse o site e cadastre-se para ter informações caso tenha ficado interessado.