A fototerapia em recém-nascidos é um procedimento bastante comum nas maternidades brasileiras. A prática é adotada para bebês que nascem com o tom “amarelão” na pele. De acordo com a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), a icterícia – que causa essa tonalidade – atinge até 80% dos recém-nascidos na primeira semana de vida, impactando mais diretamente aqueles que nascem de forma prematura.
O tratamento mais eficaz e utilizado para essa condição é a fototerapia, popularmente conhecida como banho de luz. O método mais comum é os bebês permanecerem no hospital para serem tratados com equipamentos específicos, geralmente na incubadora.
Atualmente, novas tecnologias possibilitam o desenvolvimento de produtos muito menores, mais eficientes e portáteis, permitindo que o tratamento continue em outros ambientes e até mesmo em casa. E uma dessas soluções é o Bilitron, um equipamento de fototerapia da empresa Fanem.
A icterícia é uma doença causada pela alta concentração de bilirrubina na corrente sanguínea, que resulta num quadro chamado de hiperbilirrubinemia. Trata-se de uma substância de cor amarela formada quando a hemoglobina sofre decomposição no processo de renovação dos glóbulos vermelhos.
Uma vez presente na corrente sanguínea, a bilirrubina é transportada até o fígado, onde é excretada juntamente com a bile e, posteriormente, chega ao intestino delgado por meio dos dutos biliares. Em seguida, o excesso é eliminado nas fezes e na urina.
Em pessoas que sofrem com icterícia, existem problemas no processamento e excreção da bilirrubina por parte do fígado e/ou dos ductos biliares. Como resultado, a concentração da substância no sangue aumenta consideravelmente, fazendo a pele e os olhos apresentarem uma tonalidade amarelada.
Como funciona o tratamento da icterícia
O tratamento mais eficaz para icterícia é a fototerapia em recém-nascidos. Trata-se de um equipamento que emite uma luz clara (a luz azul é considerada a mais eficaz) capaz de quebrar o excesso de bilirrubina presente na corrente sanguínea, de forma que ela seja eliminada mais rapidamente pelo organismo.
O tratamento em si é simples: o recém-nascido deve ser colocado nu sob o equipamento de fototerapia, expondo o máximo de pele possível à luz. De tempos em tempos, é necessário mudá-lo de posição. O tempo de tratamento por fototerapia em recém-nascidos varia de acordo com a resposta de cada paciente e a consequente redução dos níveis de bilirrubina no sangue.
Bilitron: o equipamento de fototerapia em recém-nascidos que inovou o tratamento da icterícia
A pedido da empresa brasileira Fanem, multinacional com atuação no ramo de neonatologia e na fabricação de produtos para laboratórios, a CERTI trabalhou no desenvolvimento de uma nova geração de equipamentos de fototerapia Bilitron.
Para aprimorar ainda mais esta linha de produtos, a Fanem e CERTI estruturaram um projeto conjunto com apoio da EmbrapII, para melhoria da uniformidade da luz e ajuste variável do foco de iluminação.
Somado a isto, buscou-se maior sustentabilidade por meio da da tecnologia Super LED, com baixo consumo de energia, e o uso de materiais recicláveis sem o uso de mercúrio e demais metais pesados no produto.
Por meio de técnicas de otimização do projeto térmico, o projeto conseguiu viabilizar a remoção das ventoinhas de refrigeração do equipamento, diminuindo ruídos incômodos para o bebê e a equipe de saúde. Além de mais silencioso, o equipamento também ficou mais seguro, por não haver mais acúmulo de poeira e eventuais germes dentro da luminária.
Portanto, a grande vantagem da nova tecnologia Biliton é sua versatilidade – com a possibilidade de ser utilizado tanto na incubadora quanto no berço – e a diminuição de ruídos, o que o torna um produto com uso mais prático e melhor integrado à gestão do hospital, quando comparado ao tratamento convencional feito nos hospitais e maternidades.Quer saber mais sobre o projeto? Entre em contato com a CERTI e informe-se!