Gestão de resíduos na indústria: tecnologias e soluções sustentáveis
A mobilidade elétrica está se consolidando como uma peça central na busca por práticas mais sustentáveis e soluções que atendam às demandas das cidades e do mercado global. Grandes nações, como China, Estados Unidos e países da União Europeia investem em regulação, infraestrutura e tecnologia para acelerar a descarbonização do transporte.
No Brasil, o avanço também é evidente, com incentivos fiscais, expansão da infraestrutura de recarga e desenvolvimento de novas tecnologias. O setor elétrico e iniciativas privadas desempenham papel estratégico na promoção de mudanças de hábitos e na criação de novos modelos de negócios sustentáveis.
Neste artigo, entenda o que é mobilidade elétrica, veja os avanços no Brasil e no mundo, conheça as principais inovações e as tendências para os próximos anos.
O que é mobilidade elétrica?
Mobilidade elétrica é o termo que define a eletrificação dos meios de transporte, como carros, ônibus, motos e até mesmo bicicletas e patinetes.
Dentro dessa definição entram também os chamados veículos híbridos, que operam tanto por sistemas de propulsão elétrica quanto por outro tipo de energia via combustão interna como gasolina, diesel ou álcool (Etanol).
Os carros elétricos não emitem CO2 (dióxido de carbono) diretamente, considerado o principal poluente para o meio ambiente e responsável pelo aumento do efeito estufa na atmosfera.
Essa é a principal razão pela qual o setor tem avançado na agenda de desenvolvimento tecnológico e regulatório para a expansão do mercado e de maior acessibilidade pela população.
Características da mobilidade elétrica
A mobilidade elétrica baseia-se na conversão eficiente de energia elétrica em energia mecânica, sustentada pelo uso da energia armazenada em baterias recarregáveis.
O processo interno consiste na transformação de corrente contínua (CC), oriunda dos sistemas de baterias, em corrente alternada (CA), alimentando motores elétricos capazes de operar com alta eficiência e baixo desperdício.
Esses sistemas, aliados a inovações em controle de potência e gerenciamento energético, definem as principais características dessa tecnologia.
Eficiência energética e conversão avançada
A eficiência energética dos veículos elétricos é alcançada pela otimização na conversão de energia elétrica em mecânica, como explicamos.
Motores elétricos utilizam a força de campos magnéticos para gerar movimento com maior torque e com menores perdas em comparação aos motores de combustão interna.
A regeneração de energia durante frenagens é outro elemento que contribui para essa eficiência, permitindo que parte da energia seja devolvida às baterias, aumentando assim o desempenho e reduzindo gastos com o abastecimento.
Para aplicações industriais e comerciais, essa eficiência energética reduz custos operacionais e aumenta a viabilidade econômica do uso de frotas elétricas.
Infraestrutura de carregamento
A mobilidade elétrica depende de uma rede de carregamento acessível e eficiente. Estações de carregamento domésticas, públicas e comerciais desempenham um papel importante ao oferecer soluções compatíveis com diferentes velocidades de recarga.
Enquanto carregadores de corrente alternada são mais comuns, as estações de carregamento rápido de corrente contínua permitem uma recarga mais veloz, reduzindo o tempo de parada de veículos.
Isso é especialmente relevante para aplicações industriais, onde a otimização do tempo é crítica para a produtividade, assim como em uso urbano e rodoviário de veículos elétricos, onde a parada para abastecimento é acelerado.
Tecnologia de baterias
O desempenho de veículos elétricos está diretamente ligado às baterias, que representam a principal fonte de energia. Tecnologias atuais oferecem maior densidade de energia, garantindo maior autonomia e menor tempo de carregamento.
Inovações como baterias de estado sólido e sistemas avançados de gerenciamento de baterias (BMS) estão em desenvolvimentos cada vez mais robustos, visando a ampliação da eficiência e redução de custos.
No contexto industrial, essas melhorias são decisivas para a adoção em larga escala de veículos elétricos.
Redução de emissões e sustentabilidade
Veículos elétricos produzem zero emissões de escapamento durante seu uso, um benefício direto para a qualidade do ar, especialmente em ambientes urbanos e industriais.
Quando aliados a fontes de energia renováveis, como solar ou eólica, a mobilidade elétrica pode reduzir significativamente a pegada de carbono, alinhando-se às metas globais de sustentabilidade.
No setor industrial, a adoção de frotas elétricas ajuda empresas a atender regulamentações ambientais e fortalecer compromissos de responsabilidade socioambiental.
Vantagens da mobilidade elétrica
A mobilidade elétrica traz uma série de vantagens que vão além da redução de emissões, tocando aspectos econômicos, sociais e tecnológicos. Para o setor industrial, esses benefícios estão diretamente conectados à competitividade, sustentabilidade e inovação.
Economia operacional e simplicidade mecânica
Veículos elétricos apresentam menores custos de operação devido à eficiência dos motores elétricos e à simplicidade mecânica. A eletricidade, em geral, é mais barata e tem maior estabilidade de preço do que outros combustíveis, reduzindo as despesas com abastecimento.
Além disso, a manutenção de veículos elétricos tende a ser menos onerosa. Com menos peças móveis, os custos relacionados a sistemas como escapamento, trocas de óleo e correias são eliminados. Essa economia se traduz em margens mais favoráveis para operações industriais e logísticas.
Sustentabilidade e conformidade ambiental
A eletrificação do transporte contribui para a diminuição da poluição atmosférica e das emissões de gases de efeito estufa. A substituição de combustíveis fósseis por eletricidade preserva recursos naturais e reduz os impactos ambientais, como a degradação de ecossistemas.
Empresas que adotam veículos elétricos em suas operações têm uma oportunidade estratégica de alinhar suas atividades com regulamentações ambientais e iniciativas de sustentabilidade. Isso também reforça compromissos com práticas responsáveis, valorizadas pelo mercado e pelos consumidores.
Infraestrutura em expansão e integração tecnológica
A infraestrutura de carregamento está se expandindo, tornando os veículos elétricos cada vez mais viáveis para aplicações comerciais e industriais. Carregadores rápidos e soluções integradas com redes inteligentes otimizam o uso de energia e oferecem maior conveniência aos operadores.
A conectividade avançada de veículos elétricos também facilita o monitoramento remoto, a gestão de frotas e a integração com sistemas digitais, permitindo operações mais ágeis e eficientes. Essa tecnologia representa uma oportunidade para empresas inovarem em processos logísticos e operacionais.
Qualidade de vida e saúde nas áreas urbanas
Ao reduzir a poluição do ar, veículos elétricos contribuem para melhorias na saúde pública, diminuindo a incidência de doenças respiratórias e cardiovasculares associadas à exposição a poluentes.
Para ambientes urbanos, o menor nível de ruído promovido por esses veículos melhora as condições de vida e cria um cenário mais agradável para trabalhadores e moradores.
Esses benefícios reforçam a responsabilidade social das empresas que adotam tecnologias limpas, gerando impactos positivos na percepção pública e no relacionamento com comunidades locais.
Inovação tecnológica e oportunidades de mercado
A mobilidade elétrica favorece o desenvolvimento de novas tecnologias, como baterias mais eficientes e powertrains avançados. A indústria que investe nesse setor abre caminho para inovações que podem ser aplicadas em diferentes áreas.
A adoção de veículos elétricos também impulsiona o crescimento de mercados relacionados, gerando empregos e promovendo o avanço de setores estratégicos.
Para empresas que lideram essa transformação, os benefícios principais são uma maior competitividade e participação em novos mercados globais.
Principais desafios da implementação da mobilidade elétrica
Embora a mobilidade elétrica seja uma solução promissora para reduzir emissões e melhorar a eficiência energética, sua implementação enfrenta desafios que exigem planejamento e inovação.
Infraestrutura de recarga e redes elétricas
A expansão da mobilidade elétrica requer uma infraestrutura de recarga abrangente e integrada. Nas grandes cidades, os pontos de recarga ainda são insuficientes para atender à demanda, especialmente em locais públicos e rodovias.
Isso limita a viabilidade dos veículos elétricos para viagens longas e aumenta a dependência de recargas domiciliares.
A sobrecarga das redes elétricas também representa um desafio. A concentração de recargas em horários específicos, como à noite, pode gerar picos de consumo difíceis de gerenciar.
Para mitigar esse risco, uma solução é integrar fontes de energia renovável, como solar e eólica, à infraestrutura de recarga, especialmente em estações públicas.
Capacitação técnica e suporte de manutenção
A introdução de veículos elétricos exige uma força de trabalho qualificada para lidar com novas tecnologias de baterias e sistemas de propulsão.
Indústrias e empresas de transporte precisam investir em treinamentos especializados e criar parcerias com instituições de ensino para formar profissionais preparados para atender às novas demandas do mercado.
Integração tecnológica e conectividade
A conectividade desempenha um papel importante na mobilidade elétrica, especialmente com o avanço do 5G. Essa tecnologia permite a comunicação entre veículos, estações de recarga e sistemas de gestão de energia, otimizando o uso dos recursos disponíveis.
No entanto, a infraestrutura de conectividade em muitas cidades ainda não está pronta para suportar um grande volume de veículos conectados.
Normas para mobilidade elétrica no Brasil
A implementação da mobilidade elétrica no Brasil está avançando com a ajuda de normas e políticas que incentivam a adoção de veículos elétricos e criam as condições necessárias para o seu crescimento.
Algumas regulamentações se destacam por abordar desde a redução de impostos até o estímulo à pesquisa e desenvolvimento.
Vamos entender como essas medidas estão organizadas.
Programas de fomento e metas de eficiência
O Programa Federal MOVER, antigo Rota 2030, instituído pela Lei Nº 14.902, de 27 de junho de 2024, busca direcionar o setor automotivo para a produção de veículos mais eficientes. Ele estabelece metas de eficiência energética e incentiva o desenvolvimento de tecnologias inovadoras, como baterias e sistemas de propulsão elétrica.
Além disso, iniciativas legislativas têm sinalizado o interesse de longo prazo na área de mobilidade elétrica. O Projeto de Lei nº 6.020/2019, que propõe novos estímulos à pesquisa e desenvolvimento nesse segmento, foi aprovado em novembro de 2024 pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, com quatro emendas.
Dentre elas, destacam-se incentivos ao desenvolvimento de novas aplicações para biocombustíveis produzidos no país, especialmente no transporte aéreo e naval, além do fomento à utilização de tecnologias como captura, armazenagem e uso do carbono (CCUS) e hidrogênio de baixo carbono no setor de transportes.
Infraestrutura e serviços de recarga
Outro ponto importante é a infraestrutura para recarga de veículos. O Projeto de Lei nº 808/2021, em tramitação no Senado, prevê a instalação obrigatória de pontos de recarga em edificações de uso coletivo, como condomínios e prédios comerciais.
A responsabilidade pela regulamentação e aplicação dessa medida será dos municípios, visando padronizar e aumentar a oferta de estações de recarga.
Apesar do avanço do projeto, a infraestrutura atual ainda apresenta limitações. Rodovias, por exemplo, enfrentam desafios técnicos e logísticos para a instalação de carregadores rápidos.
A ampliação dessa rede depende de investimentos públicos e privados, além de incentivos para que mais edificações contem com pontos de recarga adequados às necessidades dos usuários.
Políticas nacionais e planejamento estratégico
Há também propostas em tramitação que buscam organizar a mobilidade elétrica no país de forma mais abrangente. O Projeto de Lei nº 2.156/2021, por exemplo, propõe a criação de uma Política Nacional de Mobilidade Elétrica.
Ele contempla medidas como a expansão da infraestrutura de recarga e incentivos à fabricação de veículos elétricos, o que pode acelerar a transição para tecnologias mais sustentáveis.
Mobilidade elétrica no Brasil e no mundo
A mobilidade elétrica avança em diferentes partes do mundo, com estratégias que refletem as prioridades locais e desafios regionais.
Enquanto o Brasil ainda dá os primeiros passos rumo à eletrificação em larga escala, países como China, Noruega e Estados Unidos lideram a adoção dessa tecnologia.
No Brasil, o crescimento é acelerado, mas desafios persistem
No Brasil, a adoção de veículos elétricos tem ganhado ritmo. Em 2023, foram vendidos 93.927 veículos eletrificados leves, marcando um crescimento de 91% em relação ao ano anterior.
Modelos plug-in, que permitem recarga externa, representaram 56% das vendas. Entre os destaques, o BYD Dolphin liderou o ranking, com 6.812 unidades emplacadas em janeiro de 2024. Além disso, os ônibus elétricos começam a ganhar espaço no transporte público, mas o número de unidades ainda é modesto, com cerca de 578 veículos operando no país.
A infraestrutura de recarga, porém, continua limitada, tanto em áreas urbanas quanto em rodovias. Isso restringe o uso de veículos elétricos em viagens mais longas e aumenta a dependência de recargas domiciliares.
Políticas como a isenção de IPVA em alguns estados e a redução do Imposto de Importação são passos positivos, mas ainda insuficientes para superar barreiras como o custo elevado de aquisição e a falta de estações de recarga rápidas em larga escala.
China é a líder global em veículos elétricos
A China permanece como o maior mercado de veículos elétricos do mundo. Em 2023, o país foi responsável por aproximadamente 50% das vendas globais, com mais de 7 milhões de veículos comercializados.
A liderança chinesa é impulsionada por incentivos fiscais, ampla infraestrutura de recarga e avanços na produção de baterias. Para se ter uma ideia, cidades como Shenzhen já eletrificaram completamente suas frotas de ônibus, com mais de 16 mil unidades em operação.
A competitividade do mercado chinês também é reforçada por empresas como BYD e NIO, que não apenas dominam o mercado interno, mas também expandem suas operações para outros países, incluindo o Brasil.
Europa segue em transição
A Europa é o segundo maior mercado global de veículos elétricos. Segundo um relatório da ONG europeia Transport & Environment (T&E), espera-se que os carros elétricos atinjam 24% do mercado europeu até 2025, consolidando ainda mais o crescimento desse segmento na região.
De acordo com o IEA – Global EV Outlook 2024, a Noruega lidera o continente em participação de mercado, com 95% dos carros vendidos sendo elétricos. Outros países como Suécia e Holanda registram índices de 60% e 30%, respectivamente. Na França e no Reino Unido, 25% dos carros vendidos em 2023 foram elétricos.
O apoio governamental, como a implementação do Alternative Fuels Infrastructure Regulation (AFIR) pela União Europeia, tem sido essencial para o avanço. Essa regulamentação exige a instalação de pontos de recarga rápida a cada 60 km em estradas principais, incentivando a adoção de veículos elétricos em viagens de longa distância.
Nos Estados Unidos há incentivos e expansão de infraestrutura
Nos Estados Unidos, a participação de veículos elétricos nas vendas totais chegou a 8% em 2023, impulsionada pelo Inflation Reduction Act.
Essa legislação oferece créditos fiscais de até US$7.500 para a compra de veículos elétricos fabricados no país. Além disso, estados como Califórnia e Nova York têm metas agressivas para eliminar vendas de veículos a combustão até 2035.
A infraestrutura de recarga neste país também está se expandindo rapidamente, com destaque para a Tesla, que lidera a instalação de pontos de recarga rápida.
Outros mercados em ascensão
Fora dos grandes mercados tradicionais, países como Índia, Chile e África do Sul começam a mostrar avanços.
Na Índia, o governo lançou o programa Faster Adoption and Manufacturing of Hybrid and Electric Vehicles (FAME), que incentiva a produção e compra de veículos elétricos.
No Chile, 23% das frotas de ônibus elétricos na América Latina estão concentradas em Santiago, que possui uma das maiores redes do mundo. Já na África do Sul, iniciativas para eletrificar frotas públicas estão em estágio inicial, mas enfrentam desafios relacionados à instabilidade energética.
Tecnologias para mobilidade elétrica
O avanço da mobilidade elétrica depende de desenvolvimentos tecnológicos que garantam maior eficiência, autonomia e acessibilidade.
A instalação de postos de recarga, o desenvolvimento de baterias com maior capacidade de durabilidade e a utilização de fontes renováveis para geração e armazenamento de energia são alguns deles.
Empresas ao redor do mundo estão investindo em soluções que busquem não apenas atender à crescente demanda, mas também viabilizar novos modelos de negócio e transformar o uso de veículos elétricos em algo mais acessível e prático.
Carregamento rápido e sem fio
As tecnologias de recarga têm evoluído rapidamente, buscando atender à necessidade de carregamento rápido e eficiente. Estações de recarga rápida (Nível 3) permitem carregar 80% das baterias em cerca de 30 minutos.
Avanços nos carregadores ultra rápidos reduzem esse tempo para até 15 minutos, utilizando potências acima de 350 kW.
Além disso, carregadores sem fio estão sendo desenvolvidos para maior conveniência, utilizando placas magnéticas para recarga por indução enquanto o veículo permanece estacionado.
Alguns testes já exploram o carregamento por indução em movimento, o que pode representar um grande avanço para o setor.
Baterias avançadas e alternativas
As baterias são peças centrais no desempenho dos veículos elétricos. Entre as inovações mais promissoras, destacam-se as baterias de estado sólido, que aumentam significativamente a densidade energética e a segurança, além de reduzirem os tempos de recarga para menos de dez minutos.
Outra tendência são as baterias de íons de sódio, que utilizam materiais mais acessíveis e baratos em comparação às de íons de lítio, ajudando a reduzir os custos finais dos veículos.
Infraestrutura inteligente e sustentável
A ampliação da rede de eletropostos é essencial para o crescimento da mobilidade elétrica. Estações de recarga inteligentes integram tecnologias de carregamento bidirecional, permitindo que veículos forneçam energia de volta à rede, otimizando o consumo energético e reduzindo picos de demanda.
Além disso, o uso de fontes renováveis, como energia solar e eólica, está se tornando comum em estações de recarga, promovendo uma mobilidade mais sustentável e reduzindo a dependência de fontes fósseis.
Conectividade e automação
A mobilidade elétrica está cada vez mais conectada, incorporando tecnologias que vão além do carregamento e armazenamento de energia.
Veículos modernos estão equipados com sistemas avançados de assistência ao motorista (ADAS), comunicação veículo-veículo (V2V) e veículo-infraestrutura (V2I), além de atualizações de software over-the-air (OTA).
Essa conectividade possibilita maior segurança, eficiência energética e personalização na condução.
Tendências da mobilidade elétrica para os próximos anos
A mobilidade elétrica está evoluindo, impulsionada por avanços tecnológicos, mudanças nas preferências dos consumidores e políticas governamentais. Nos próximos anos, espera-se que essa transformação se intensifique, afetando comportamentos, mercados e tecnologias.
Adoção crescente de veículos elétricos
Segundo um levantamento da Anfavea em parceria com o Boston Consulting Group (BCG), veículos híbridos e elétricos podem representar metade das vendas do segmento até 2030.
Globalmente, projeta-se que os veículos elétricos constituirão quase 86% da frota mundial até 2030 — dados de um relatório da RMI.
Essas tendências refletem uma mudança representativa nas preferências dos consumidores em direção a opções de mobilidade mais sustentáveis.
Avanços em tecnologias de baterias
A demanda por baterias de íons de lítio está crescendo rapidamente, com projeções de um aumento anual de 25% até 2030, atingindo um mercado de aproximadamente US$400 bilhões, segundo um estudo da McKinsey e da Global Battery Alliance (GBA).
Espera-se que as melhorias na densidade de energia das baterias proporcionem maior autonomia para os veículos elétricos, tornando-os mais atraentes para os consumidores.
Desenvolvimento de infraestrutura de recarga
A expansão da infraestrutura de recarga é fundamental para o crescimento da mobilidade elétrica.
Iniciativas como o Plano de Ação de Carregamento Inteligente de Veículos Elétricos do Reino Unido visam tornar o carregamento inteligente uma prática padrão até 2025, melhorando a eficiência da rede elétrica e a experiência do usuário.
Economia circular e reciclagem de baterias
Com o aumento do número de veículos elétricos, a reciclagem de baterias torna-se uma prioridade. Estima-se que, até 2030, 95% das baterias de veículos elétricos serão recicladas, mitigando riscos de escassez de matérias-primas e promovendo a sustentabilidade
Regulação e interoperabilidade
A interoperabilidade está se consolidando como uma tendência indispensável para o crescimento da mobilidade elétrica. No Brasil, o número de eletropostos deve aumentar de 4.600 para 10.000 até o fim de 2025, impulsionado por parcerias entre montadoras e distribuidoras de combustíveis.
Globalmente, iniciativas como o Alternative Fuels Infrastructure Regulation na Europa garantem padronização em rodovias principais, enquanto empresas nos Estados Unidos adotam sistemas de pagamento integrados. A interoperabilidade assegura acesso fácil e uniforme às redes de recarga, promovendo confiança e uso crescente de veículos elétricos.
Ao que tudo indica, a mobilidade elétrica é um caminho sem volta. Mais do que a preocupação com o meio ambiente, trata-se de entender a finitude das reservas de energia e os benefícios que essa tecnologia pode proporcionar a curto e longo prazos.
Com incentivos regulatórios, o Brasil tem potencial para se tornar um dos principais mercados para a mobilidade elétrica, gerando oportunidades para as empresas que desejem investir em incentivos em pesquisas para explorar essa tecnologia de forma cada vez mais eficiente.
A Fundação CERTI tem incentivado a inserção dos veículos elétricos no Brasil. O Eletroposto Celesc, desenvolvido em parceria com a Celesc, visa à criação de uma infraestrutura para atender a demanda por postos de carregamento de veículos elétricos, bem como desenvolver estudos para compreender os impactos na rede e as novas oportunidades de mercado. Baixe gratuitamente o case para conferir os detalhes do projeto.