BrasilRad – Qualidade, proteção e inovação
Você sabia que antes mesmo da construção de uma sala para realização de exames raios-x, medicina nuclear ou radioterapia, é necessário o acompanhamento por um físico médico? Isso porque, dependendo do aparelho que vai emitir radiação ionizante (raios-x, raio gama, radiação alfa e radiação beta), a espessura e material das paredes da sala devem ser considerados para impedir a passagem dessa radiação para outros ambientes, evitando a exposição de pessoas que não precisam ter contato com ela.
Esse serviço é chamado cálculo de blindagem e é oferecido pela BrasilRad, empresa de Florianópolis que em 2005 iniciou suas atividades e desde 2014 está incubada no CELTA, uma iniciativa da CERTI e da FAPESC. O profissional da área de Física Médica estima a blindagem das paredes das salas, auxilia na escolha do posicionamento dos equipamentos e no planejamento dos espaços onde vão circular pessoas e pacientes. “Na Medicina Nuclear, o planejamento arquitetônico da clínica precisa prever sistemas de labirinto, já que na realização de alguns exames o paciente é a fonte de radiação e não pode entrar em contato com pessoas externas ao procedimento”, explica Walmoli Gerber Jr., diretor executivo da BrasilRad.
Área de atuação
A Física Médica é o ramo que aplica leis, conceitos, modelos e métodos da Física para prevenção, diagnóstico e tratamento de doenças, tendo participação na assistência médica, pesquisa biomédica e proteção radiológica, além de estabelecer critérios para o uso de radiações ionizantes e não ionizantes empregadas em Medicina. As três principais áreas na aplicação clínica e que mais estão em contato com a população são o Radiodiagnóstico, a Medicina Nuclear e a Radioterapia. Dessas três linhas, a BrasilRad tem como foco a clínica em Radiodiagnóstico e Medicina Nuclear e o desenvolvimento de tecnologias para a saúde.
Uma das atividades que necessitam da presença de um físico-médico é o levantamento radiométrico, que consiste na medição de doses de radiação em volta das salas de raios-x ou consultórios odontológicos, e também nas barreiras ou biombos que protegem os trabalhadores contra a radiação ionizante. É uma exigência da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), que estabelece diretrizes básicas para garantir a qualidade do radiodiagnóstico à população e assegurar os requisitos de proteção radiológica aos pacientes, aos profissionais e ao público em geral. “Não é proibido ter radiação fora de salas de raios-x, nós somos bombardeados por diversos tipos de radiação o tempo todo. Mas essa radiação x ou gama proveniente de uma sala deve estar dentro de um nível de restrição para que aquele ambiente possa ser utilizado”, diz o empresário.
Os equipamentos de raios-x, mamografia, raios-x odontológico, tomografia computadorizada e fluoroscopia também devem passar por testes para que o físico-médico avalie se todos os parâmetros técnicos informados pelo equipamento estão sendo cumpridos. São observados os níveis de tensão, a regulagem e realizados testes geométricos para verificar se a região em que um paciente está recebendo radiação é o local em que ela deve ser aplicada de fato. O profissional também analisa aspectos das imagens geradas pelos equipamentos, que devem ter qualidade suficiente para o médico identificar a existência ou não de patologias. A periodicidade dos testes varia de acordo com o equipamento e o tipo de avaliação que deve ser realizada. Os aparelhos de mamografia, por exemplo, devem ter a qualidade da imagem avaliada mensalmente, enquanto a dose de radiação que entra na pele é medida a cada dois anos. Já os equipamentos de Tomografia Computadorizada devem ter o ruído, a exatidão e a uniformidade revisados toda semana. A BrasilRad atende às exigências das normas que preconizam esses controles, como as da ANVISA e da Comissão Nacional de Energia Nuclear, e oferece serviços de física médica clínica, nos quais, segundo Walmoli, o físico está presente no ambiente hospitalar ocupando-se com ações não solicitadas pelas normas, mas que conferem mais segurança, conforto e qualidade aos serviços que usam radiação ionizante.
Certificação ISO 9001
Entre os estabelecimentos atendidos estão hospitais, clínicas, consultórios odontológicos e até mesmo veterinários, todos acreditados e certificados, para garantir mais confiabilidade aos processos. E como passar confiança e comprovar a excelência técnica aos mais de 300 clientes espalhados pelo Brasil? A BrasilRad obteve em janeiro deste ano a certificação ISO 9001, que estabelece requisitos para a gestão da qualidade em uma organização. Obtê-la significa que a empresa gerencia seu negócio para assegurar que as necessidades dos clientes sejam compreendidas, aceitas e atendidas. “Como nós vendemos controle de qualidade, temos que oferecer uma garantia dos nossos processos aos clientes”, afirma o diretor da BrasilRad. Em sua área de atuação, a empresa é pioneira na obtenção da ISO 9001: nenhuma outra empresa de Física Médica na América Latina possui a certificação.
Além dessa série de ações promovidas para conferir segurança e qualidade relacionadas a exames radiológicos, os profissionais dessa área também precisam ser preservados, seja em relação à sua própria segurança ou à aptidão para manusear os equipamentos que emitem radiação ionizante. Com esse pensamento, a BrasilRad oferece, desde 2012, cursos e treinamentos voltados para técnicos e tecnólogos em radiologia, biomédicos, médicos e estudantes. “Os cursos presenciais são uma forma de interagir com nosso público e capacitá-lo para auxiliar os físicos-médicos, além de informá-lo sobre a atuação desses profissionais dentro de hospitais e clínicas.
Quanto mais bem informado estiver o radiologista e o enfermeiro, melhor será seu desempenho, e melhor vai ser a interação com o físico-médico”, diz Walmoli. Os temas das capacitações são os mais variados: proteção radiológica, operação em tomografia computadorizada, processamento de imagens médicas, construção de protocolos em ressonância magnética. Muitos dos treinamentos, realizados em vários locais de Santa Catarina e mesmo fora do estado, contemplam a carga horária de estudo exigida por normas e chegam a ter 120 participantes. Em 2019, a empresa deve dar início a cursos a distância.
Com uma rede de físicos que atende estabelecimentos no Paraná, São Paulo, Rio Grande do Sul, além de vários pontos em Santa Catarina, a BrasilRad conta hoje com 25 colaboradores. O setor de inovação da empresa vem trabalhando nos últimos anos no desenvolvimento ferramentas para controle de qualidade, equipamentos de proteção coletiva e de medidas de radiação e testes genéticos para identificar e quantificar exposição à radiação. A previsão do empresário é de ampliar, em 2019, a atuação para o MERCOSUL, seja oferecendo produtos ou serviços.
Mais informações sobre a empresa: brasilrad.com.br
