A telemedicina em ressonância magnética é uma importante solução para a alta demanda de exames especializados em locais remotos no Brasil. Os beneficiários brasileiros dos planos de saúde realizaram, em um ano, mais de 1,5 bilhão de procedimentos; dentre eles, mais de 860 milhões de exames. Nesse cenário, a ressonância magnética aparece como terceiro exame mais realizado, com mais de 7,9 milhões de atendimentos. Os dados são do último levantamento da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), relativos ao ano de 2018.
Segundo o último Mapa Assistencial da Saúde Suplementar, divulgado em 2019, o número de exames de ressonância magnética por mil beneficiários no Brasil chegou à marca de 169. Representa um aumento de 4,3% em relação ao ano anterior.
Em um país com as características do Brasil, ter uma demanda excessiva por um exame altamente especializado, como é a ressonância magnética, pode ser um problema para muitos pacientes. Para resolver esse gargalo, a tecnologia aparece como aliada, ajudando a levar medicina qualificada para lugares mais remotos e desprovidos de profissionais especializados em procedimentos de maior complexidade.
E o melhor exemplo de como aumentar a abrangência de bons serviços de saúde pode ser ilustrado na telemedicina em ressonância magnética por meio de do Virtual Operation Center VOC. Esta solução desenvolvida pela CERTI para a SIEMENS, vem revolucionando o mercado por meio das salas de comando remoto para a realização de exames à distância
O que é VOC e como funciona?
O Virtual Operation Center, ou simplesmente VOC, foi lançado na Conferência Mundial da Healthcare Information and Management Systems Society (HIMSS), realizada em Orlando, em fevereiro de 2019.
O projeto consiste em um cockpit equipado com câmeras, sensores e dispositivos de áudio que permite aos profissionais da saúde operar o aparelho e se comunicar com o paciente de forma remota, além de monitorar o ambiente onde o exame é realizado. Os técnicos podem operar até 3 máquinas ao mesmo tempo, atendendo múltiplos pacientes.
O VOC foi desenvolvido pela CERTI para a gigante alemã Siemens. A empresa identificou obstáculos importantes relacionados aos custos e à demora de seus clientes em operar a máquina com um especialista localmente presente. Agora, com a solução da CERTI, foi possível desenvolver um centro virtual de operações, em que vários profissionais operam os equipamentos remotamente.
Vantagens da telemedicina em ressonância magnética
O grande benefício do VOC é levar exames de alta qualidade para regiões afastadas dos grandes centros. Com isso, existe a possibilidade de contar com profissionais altamente especializados para realizar determinados procedimentos em localidades distantes da sua base de operação. Assim, supre-se a demanda e resolvem-se problemas relativos à escassez e à concentração de mão de obra especializada em grande polos do país.
É o que acontece, por exemplo, com exames como a ressonância magnética cardíaca, que possui no Brasil poucos profissionais capacitados a fazer os ajustes necessários no equipamento. Assim, um equipamento de ressonância magnética localizado em Goiânia, por exemplo, pode contar com um profissional em São Paulo orientando o procedimento e se comunicando com o paciente.
Como resultado, o VOC contribui para:
- Ampliar a oferta de serviços de forma igualitária em toda rede de saúde
- Aumentar a complexidade dos exames,
- Melhorar a qualidade dos serviços, e
- Reduzir custos operacionais.
Tudo isso permite uma diminuição no índice de reconvocação de pacientes e garante a padronização dos exames.
Por fim, a possibilidade de operar os equipamentos de ressonância magnética a distância também beneficia os técnicos, permitindo mais produtividade e eficiência.
Telemedicina em ressonância magnética na prática
No Brasil, o projeto-piloto do VOC foi desenvolvido e testado pelo Grupo Alliar Médicos à Frente, em São Paulo. Os exames, que antes precisavam de um técnico presente na mesma sala que o paciente para operar a máquina, agora são realizados a distância por médicos especializados. Por meio dos microfones, eles podem se comunicar com o paciente e com o auxiliar que está presente na sala.
O centro de operações virtual (VOC) criado pela CERTI permitiu à Alliar maximizar sua produtividade, ao mesmo tempo que reduziu custos e cortou em até 35% os pedidos de repetição de exames.
Após o sucesso no Brasil, o VOC está sendo exportado para Estados Unidos, Alemanha, China e Índia.Quer saber mais sobre o projeto? Entre em contato com a CERTI e informe-se!