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CERTI recebe ganhadores da Chamada Bons Negócios pelo Clima

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Ganhadores da Chamada Bons Negócios pelo Clima na Fundação Certi.

Dez empreendedores focados na economia verde viveram três dias de imersão no ecossistema de Florianópolis e em torno da Fundação CERTI e de Florianópolis. A troca de experiências é resultado da premiação da 1ª chamada Climate Ventures, Bons Negócios pelo Clima, realizada pelo Instituto Climate Ventures Brasil, com correalização da Aoka e do Instituto Clima e Sociedade (ICS), tendo como parceiros estratégicos o Instituto Arapyaú, Fundação CERTI e Pipe.Social. Vindos de diferentes regiões do país, os empresários foram selecionados dentre 370 ideias inscritas no sistema de mapaeamento da Pipe, que juntamente com a CERTI, realizou a etapa nacional da competição Climate Launchpad, a maior competição mundial de ideias voltadas ao empreendedorismo verde. A visita realizou-se nos dias 15, 16 e 17 deste mês.

Na categoria “Negócios”, as empresas selecionadas foram a Boomera (São Paulo/SP), Hakkuna (Belo Horizonte/MG), Orbita (Rio de Janeiro/RJ), Pluvi.On (São Paulo/SP), Stattus4 (Sorocaba/SP) e Sunne Energias Renováveis (Fortaleza/CE). Farfarm, Yvy Brasil (São Paulo/SP) e Wegenerate Life foram as ideias verdes ganhadoras da etapa brasileira para a Climate Launchpad, e a Encauchados de Vegetais da Amazônia (Belém/PA) ganhou menção honrosa.

Coordenada pelo Centro de Economia Verde da CERTI, a imersão foi dividida em três etapas. O grupo partiu do processo de incubação empresarial, inovação e constituição de um ecossistema, teve a oportunidade de assistir a apresentação do case de sucesso da Chaordic — atualmente Linx+Neemu+Chaordic — e questões jurídicas referentes à estruturação de empresas e uso de instrumentos de fomento. Os participantes apresentaram pitches, conheceram as competências da CERTI e realizaram encontros individualizados nos centros de atuação relacionados com as atividades das empresas — Manufatura, Energia, Metrologia, Software e Economia Verde — e parceiros externos da fundação.

Além de colaborar para a integração entre empreendedores e imersão no ecossistema de Florianópolis, a Chamada trará um panorama das soluções e inovações tecnológicas desenvolvidas por empresas, organizações, inovadores e empreendedores para integrar o ecossistema de negócios que investe na conservação e no uso econômico consciente dos recursos naturais.

Surpresa com o ecossistema da Ilha

As empresas selecionadas na Chamada possuem identidades muito particulares, atuando em diferentes setores de produção. E juntas nesta experiência de três dias, elas compartilharam a admiração pelo que foi apresentado durante o tour pelo ecossistema em torno da CERTI.

Uma das premiadas, a Yvy Brasil, atua no desenvolvimento de produtos de limpeza amigáveis ao meio ambiente, com a redução da quantidade de água utilizada e diminuição do uso de petroquímicos. Motivado pela representação da Climate Ventures e CERTI como agentes da Chamada, Marcelo Ebert está impressionado com a experiência em Florianópolis. “Estou positivamente surpreso e penso constantemente nas parcerias possíveis”, afirma.

Luiz Filipe Carvalho, da Hakkuna, produtora de proteína de insetos para base de alimentos, acelerada pela Biominas, de Belo Horizonte, foi atraído pelas características do ecossistema catarinense. Apesar de ter realizado uma pesquisa prévia à inscrição, e enxergado que a expertise industrial da CERTI poderia ser aproveitada, também se surpreendeu com tudo que foi apresentado. “Somos muito fechados em São Paulo e Belo Horizonte e não tinha ideia do tamanho deste ecossistema; impressiona também a qualidade das empresas e instituições”. Agora, assim como Marcelo, Luiz Filipe volta pensando nas parcerias que podem ser concretizadas.

Para a representante da Boomera, a business designer Stephanie Walker Bradfield, conhecer o ecossistema de inovação de Florianópolis foi uma experiência reveladora. “Fiquei admirada com a concentração de atores de inovação catarinenses, tinha conhecimento do polo universitário em Santa Catarina, mas não imaginava a infraestrutura que está sendo apresentada”, disse.

Num estágio de amadurecimento mais avançado que as demais ganhadoras — a Boomera foi fundada em 2011 e conta atualmente com 130 colaboradores —, a empresária viu na experiência uma oportunidade de se mostrar mais presente no ecossistema de empresas que “trabalham com um propósito e que existem pra fazer da sociedade e meio ambiente um lugar melhor”.  Eles são uma empresa “B” — certificação de empresas que visam desenvolvimento social e ambiental em seu modelo de negócios — e para ela é interessante conhecer a experiência de outras empresas com o mesmo propósito e, de certa forma, servir de exemplo para elas. Perfil multiplicador, semelhante ao instaurado no ecossistema de inovação sustentado pela CERTI.

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