CERTI Insights

Ecossistema de inovação: empresas de tecnologia crescem mais em ambientes colaborativos?

A resposta é: sim, a maior parte dos empreendimentos tem chances de crescer mais em ambientes colaborativos. 

Pequenas e grandes empresas já perceberam há algum tempo que ambientes colaborativos estimulam melhores resultados. Elas se esforçam para ter equipes com múltiplas habilidades e capacidade de cooperar com o todo, o meio interno e externo.

O ambiente que favorece a interação de diferentes atores que inovam é o que chamamos ecossistema de inovação.

Você já parou para pensar que esse contato também vale para o relacionamento entre diferentes empresas de tecnologia? Quando cada uma delas têm habilidades diferentes, mas complementares, as chances de que todas cresçam juntas aumentam. 

É sobre isso que falaremos neste artigo, com detalhes sobre como incentivar essa troca e acelerar a promoção de iniciativas transformadoras na sociedade. Acompanhe!

O que é um ecossistema de inovação?

Na biologia, a palavra ecossistema significa um conjunto de comunidades que, aliadas a fatores externos, interagem para a sobrevivência de todas. O mesmo ocorre quando empresas de tecnologia, universidades, fundações, governo e sociedade se unem para o fomento da inovação e colaboração umas com as outras. 

Florianópolis é um exemplo de como a criação de ambientes colaborativos pode formar um ecossistema de inovação sólido. A cidade vive um boom do setor de tecnologia e é a prova de que “a união faz a força” não é só um chavão. É o que tem proporcionado ganhos como a segunda colocação entre as cidades inteligentes do Brasil em 2021. 

É claro que é possível que as empresas, se estivessem separadas fisicamente, conseguissem ainda assim manter-se e desenvolver-se. Porém, o fato de estarem juntas fortalece a atuação individual e coletiva, com visibilidade e acesso facilitado a recursos necessários para isso.

Benefícios de contar com um ambiente inovador

A finalidade de um ecossistema de inovação é servir como um espaço para manifestação de novos talentos, capacitação e trocas sobre ideias de negócios. A estabilidade conferida pela união de vários integrantes cria segurança para o andamento de novos projetos. 

Esse sistema pode ser composto por:

Para que os objetivos sejam alcançados, algumas ações comuns nesse tipo de ambiente fortalecem redes de empresas. Falaremos um pouco sobre isso na sequência.

Troca de experiências

Trabalhar com o que é novo representa um grande desafio. Estar próximo de quem enfrenta as mesmas necessidades de superação acelera a curva de aprendizado. Ou seja: as empresas crescem mais rapidamente e adquirem vantagens competitivas frente àquelas que precisam aprender tudo sozinhas.

Reconhecimento da comunidade

A divulgação coletiva comprova o valor e transforma um espaço de inovação em um bem da comunidade. Um parque tecnológico, por exemplo, passa a ser admirado e apoiado por propor ações de melhoria social e por trazer reflexos positivos às pessoas que moram em seu entorno.

Parcerias

Acompanhar uma empresa de perto traz confiança para tê-la ou indicá-la como parceira. Em um ecossistema de inovação sólido, os empreendimentos crescem próximos e conhecem o trabalho um do outro. 

Os clientes ganham com isso — pois existe a possibilidade de contar com fornecedores que colaboram entre si —, e as empresas também aproveitam vantagens, pois as redes de indicação agregam fluidez e eficácia aos projetos. 

Atração de novos talentos

Quando reunidas, empresas de tecnologia superam mais facilmente a dificuldade para encontrar profissionais nas áreas requisitadas. O ecossistema cresce e se torna uma vitrine para talentos com experiência ou novas ideias e projetos. 

Agentes de um ecossistema de inovação

A diversidade de players enriquece a formação de ecossistemas consistentes. Podemos listar a presença de agentes como:

O ambiente é oportuno para negócios de qualquer porte. A junção de parques tecnológicos com essa integração é o que forma um ecossistema de inovação na ponta. 

Panorama dos parques tecnológicos no Brasil

Informações do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações mostram que o Brasil está entre os sete países no mundo com maior número de parques tecnológicos. 

Com mais de 43 mil pessoas empregadas e faturamento estimado em R$ 3,7 bilhões anuais, apenas 20% deles têm mais de 14 anos de operação. Os 55 parques tecnológicos brasileiros compõem um ecossistema formado por 1993 empresas. A maior parte deles (82%) são voltados para tecnologia da informação. 

Exemplos de ecossistemas inovadores 

Não há como falar de polos de inovação sem citar o mais conhecido deles, o Vale do Silício (ou Silicon Valley, em inglês). Localizado na Califórnia, é um dos lugares do mundo com maior concentração de empresas de tecnologia. Big Techs como Google e Apple fazem parte deste grupo, além do LinkedIn, Netflix, Intel, Oracle e outras gigantes.

Já na Europa, os países do Reino Unido somam 37% dos unicórnios de toda a região. Os setores de maior destaque são Healthtech, Blockchain e Fintech.

O cenário de polos de inovação no Brasil

Segundo um levantamento feito pela Associação Brasileira de Startups, em conjunto com a Accenture, 73% das startups no Brasil estão concentradas nos seguintes ecossistemas:

Há, ainda, 41% das startups que estão em busca de tração e 44% que operam com modelos de serviços (Software as a Service, ou SaaS). A Fundação CERTI é uma das instituições que apoia esse movimento, e contribuiu para o estabelecimento de ecossistemas em várias regiões brasileiras. 

Como a CERTI incentiva a inovação

Reconhecida pelo conjunto de iniciativas voltadas ao estímulo do empreendedorismo, do desenvolvimento tecnológico e sustentável, a CERTI mantém programas que oferecem conexões e ajudam a viabilizar ideias e negócios. 

A aposta no suporte a Empreendimentos de Base Tecnológica (EBT) caminha desde 1986 e gerou muitos impactos positivos em várias regiões do Brasil. Conheça um pouco dessa atuação na sequência.

Incubadora CELTA

Há 35 anos, o Centro Empresarial para Laboração de Tecnologias Avançadas (CELTA) potencializa o crescimento de empresas da área tecnológica. Pioneira no Brasil, a incubadora acumula a conquista de 118 empresas graduadas e conta com cerca de 40 empresas incubadas atualmente. 

Cada uma delas apresentou um plano de negócios, que foi avaliado sob perspectivas de produto, mercado e recursos. O tempo de permanência no grupo varia de um a cinco anos. 

Um dos cases de sucesso da CELTA é o da startup Dayback Energia Estratégica, que cresceu 200% em 2021. Com uma solução que aplica inteligência artificial no controle do consumo de energia elétrica, a Dayback auxilia setores como indústrias, agronegócio e pequenas e médias empresas, com o intuito de incentivar o consumo consciente e sustentabilidade. 

Inovação Corporativa

A CERTI propõe metodologias próprias para apoiar inovações. O cliente tem a opção de utilizar soluções para motivar os colaboradores a pensarem em novas ideias, com foco em gestão organizacional, planejamento estratégico e modelos de negócios. 

De forma consultiva, a equipe da Fundação CERTI acompanha e aplica ferramentas para Inovação Corporativa. As ações vão desde a fase de diagnóstico (mapas de oportunidade e análise de cenários, por exemplo) até a efetivação de processos para gestão da inovação (como sistema de indicadores, parceiros e captação de recursos). 

Parques Tecnológicos e Ambientes de Inovação 

Com mais de 25 anos de experiência em estruturação, desenvolvimento e implantação de ecossistemas inovadores, a CERTI integra diferentes atores locais e viabiliza a cocriação de parcerias nessa frente. 

Confira alguns cases como exemplos.

Parque Tecnológico Alfa

Integrado pela incubadora Celta, foi implantado em 1993 em Florianópolis, e passou a abrigar, em 1995, a Fundação de Apoio à Pesquisa de Santa Catarina (FAPESC). Com 68 empresas, contribui com cerca de três mil empregos, sendo 75% deles de nível superior. 

Sapiens Parque

Controlado pelo Governo de Santa Catarina por meio da CODESC (Empresa de Economia Mista) e da SC Par (Empresa Pública), o Sapiens Parque tem a CERTI como sócia. Possui mais de 4 milhões de metros quadrados de área e abriga 257 unidades. Seus empreendimentos geram mais de 1800 empregos.

Programas da CERTI para fortalecimento de polos inovadores

Desde 2008, a Fundação CERTI, por meio do Centro de Empreendedorismo Inovador, lançou a metodologia Sinapse da Inovação. As ações chegaram a vários estados, como Amazonas, Espírito Santo e Paraná. 

Para estimular o surgimento de empreendimentos inovadores, com reforço sempre à cultura empreendedora, o objetivo é atender governos e empresas. Cada projeto passa por seis etapas:

As ideias inscritas são avaliadas por um grupo de especialistas. São selecionadas aquelas que tiverem maior potencial inovador para se transformarem em negócios de sucesso. as avaliações acontecem via Sistema Web do Sinapse. 

O Sinapse da Inovação interage com mais de 53 mil pessoas e já gerou mais de 650 empresas e 765 soluções para o mercado.

Programa Centelha 

Motivado pelo êxito do Sinapse, o Programa Centelha, vinculado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações, surgiu para apoiar a geração de novas empresas de base tecnológica, de inovações que sejam de interesses sociais e empresariais, e a formação da cultura do empreendedorismo inovador. 

Com foco em impulsionar ecossistemas inovadores, o Centelha é destinado a pessoas físicas maiores de 18 anos. Menores de idade legalmente emancipados também podem participar. Basta residir no estado onde for realizada a inscrição e ter uma excelente ideia inovadora para compartilhar!
Cada estado participante possui um edital especificando o número de projetos que serão submetidos ao programa. Para entender em detalhes como a CERTI segue vencendo desafios e o funcionamento dos programas de incentivo, confira o eBook completo sobre o tema: “Ecossistema de empreendedorismo e inovação” com os cases Sinapse e Centelha!

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