Dados recentes mostram que mais de 80% da população brasileira vive em áreas urbanas e que o consumo de energia elétrica no Brasil deve praticamente triplicar até 2050. Para dar conta do recado, o setor elétrico precisa pensar em novas formas de distribuir a energia e tornar o sistema mais eficiente. Caso contrário, a necessidade de novas obras e manutenções elevará o custo do serviço.
Para contornar esse desafio, a saída é a inovação e o desenvolvimento sustentável das cidades. E a digitalização do sistema de distribuição de energia elétrica combina esses dois aspectos para trazer mais eficiência e tecnologia para a gestão da rede e para a prestação de serviço para o consumidor.
Medidas como enterramento da rede, captação de imagens termográficas e em alta resolução, instalação de sensores, compartilhamento e monitoramento de dados em tempo real entre os diferentes sistemas são alguns exemplos de medidas que podem ser tomadas para otimizar a distribuição nas grandes cidades.
Felizmente, existe uma série de tecnologias e inovações que permitem que isso seja feito com extrema precisão e qualidade. São elas:
Gêmeos digitais
Representações virtuais dos componentes físicos do sistema elétrico. Por meio de sensores, fornecem informações relevantes em tempo real, permitindo o monitoramento de todos os equipamentos, a previsão de ocorrências, entre outros benefícios que aumentam a confiabilidade do sistema.
Modelos 3D
Por meio da captura de imagens termográficas e em alta resolução, é possível criar modelos 3D fiéis do sistema, facilitando a gestão remota das redes elétricas aéreas e subterrâneas.
Sensores
Com a digitalização da rede elétrica, os componentes do sistema, por meio de sensores inteligentes, fornecerão dados a todo instante sobre seu funcionamento, além de ajudar a coletar imagens das ruas, identificar a demanda por energia e até mesmo medir a temperatura e a poluição do ar.
Inteligência Artificial
Para interpretar os modelos 3D e analisar os dados, são usados sistemas de Inteligência Artificial. Essas soluções permitem a identificação de possíveis problemas antes mesmo que eles aconteçam, possibilitando o gerenciamento dos riscos de maneira preventiva. Assim, consegue-se evitar interrupções no serviço e aumentar a vida útil dos equipamentos.
Realidade aumentada e virtual
Com o auxílio de smartphones, tablets e visores, os técnicos de campo conseguem utilizar a realidade aumentada para visualizar detalhes dos sistemas que estão analisando e consultar materiais complementares para resolver o problema. Também é possível contar com assistência remota, em que o supervisor da equipe pode visualizar e monitorar o que está sendo feito.
Já a realidade virtual é utilizada para treinar os profissionais, tudo em um ambiente virtual, fiel ao cenário real, mas totalmente livre de riscos.
Data lake
Com tantos dados sendo coletados, é preciso contar com formas para armazená-los e consultá-los sempre que necessário. O data lake funciona como uma espécie de repositório de dados, armazenando todo o tipo de informação que chega aos sensores sem a necessidade de processamento prévio. Com isso, ganha-se em agilidade de acesso, flexibilidade de uso e redução de custos.
Todas essas inovações, quando utilizadas de maneira integrada, permitem ao sistema de distribuição de energia elétrica não apenas se tornar mais eficiente, mas também mais sustentável.
Nesse sentido, entra o conceito de economia circular, em que as tecnologias são desenvolvidas levando em consideração seu impacto no meio ambiente e pensando em todo o seu ciclo na cadeia produtiva.
Com isso, a digitalização da rede abre espaço para novos modelos de negócio sustentáveis e para a prestação de um serviço cada vez mais eficiente e alinhado com as melhores práticas do mercado.
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