Ídolo do Avaí Flávio Roberto, lembrou dos desafios para vencer e falou sobre se reinventar aos vencedores do Sinapse da Inovação.
Os sinápticos 2017 encontraram-se com o campeão avaiano de 1988 e atual coordenador técnico da Categoria de Base do Leão, Flávio Roberto Severo Albano, para um “bate-bola” sobre futebol e empreendedorismo. O encontro marcou a transição dos vencedores do Sinapse da Inovação 2017 de pré-incubados ao mundo dos negócios. A tarde de atividades, que iniciou às 13h e culminou com uma confraternização às 19h, no Sebrae em Florianópolis, contou com a participação do superintendente geral da Fundação CERTI – executora do programa Sinapse –, José Eduardo Fiates e de empresários do Ecossistema de Inovação catarinense.
Flávio Roberto levou um panorama sobre a história do Avaí e dos trabalhos realizados com as categorias de base, relações costuradas com a necessidade dos futuros empreendedores de, a partir de agora, formar seu time campeão. E entre um resgate saudosista de grandes jogadas e memórias tristes de eliminações, o ex-craque avaiano enfatizou a importância de se reinventar a cada desafio. “Nem sempre o melhor time ganha, é triste, mas se deixamos passar uma pequena oportunidade, podemos botar tudo a perder”, disse. “Depois de cada erro, temos que levantar a cabeça, aprender e corrigir nossas falhas”, completou.
Cerca de 120 novos empreendedores participaram do encontro e foram divididos em três salas para um “bate-bola” com sete empresários, ex-sinápticos e representantes de empresas catarinenses. O time de mentores foi composto por Felipe Roman, Sócio-Fundador da Exact Sales, Alexandre Lerípio, Coordenador de Inovação na Sumá, Betina Ramos, Vice-presidente da Nanovetores, Luis Henrique Roloff, Co-fundador da Rhizom, Tomás e Celso Ferrari da GeekHunter e Leonardo Minozzo, Fundador da Cafundó Estúdio Criativo. A troca de experiências foi importante para que os novos empreendedores conhecessem a história de empresários mais experientes e recebessem dicas de como levar adiante os seus negócios.
Após o momento de compartilhamento de experiências, Gabriel Oliveira e Diego Chierighini apresentaram os benefícios dos programas Sebraetec e PEIEX, respectivamente. O evento foi finalizado com um painel que reuniu todos os mentores que compartilharam um pouco sobre as experiências de cada bate-bola e responderam dúvidas dos sinápticos. Duas camisas do Avaí foram sorteadas, contando com a presença do mascote do Avaí, e a tarde de atividades chegou ao final com um momento de confraternização entre os participantes.
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Próximos passos
Ao longo de 6 meses, nesta etapa de pré-incubação do Sinapse, as empresas contratadas pela FAPESC receberão suporte para o desenvolvimento de seus produtos e negócio, por meio de capacitações online e acompanhamento. As capacitações abordarão temas relacionados às áreas a serem desenvolvidas de seus negócios: produto, tecnologia, mercado, equipe, gestão e capital.
Fomento à inovação
O programa foi criado em 2008 pela Fundação CERTI e busca transformar e aplicar as boas ideias geradas por estudantes, pesquisadores e profissionais de diferentes setores do conhecimento e econômicos em negócios de sucesso. Para isso, são oferecidos recursos e capacitação técnica aos participantes do programa.
São R$ 60 mil em recursos para cada uma das empresas selecionadas para a etapa final do programa e bolsas de auxílio que podem chegar a R$ 3,5 mil. Ao todo, o aporte da FAPESC para esta edição do Sinapse totaliza aproximadamente R$ 10 milhões.
O sucesso do programa colocou o ecossistema de Santa Catarina em destaque e inspirou a disseminação da metodologia em nível nacional, por meio de outras edições do Sinapse da Inovação nos estados do Amazonas, Espírito Santo e Paraná, bem como pela criação do programa nacional Centelha, também executado pela Fundação CERTI, em parceria com o MCTIC, Finep, Confap e CNPq.
Sinapse em números
O Sinapse da Inovação já envolveu mais de 35 mil cidadãos catarinenses, atingindo 95% dos municípios do estado. Nessa trajetória, recebeu mais de 8 mil ideias e apoiou a criação de 483 empresas, das quais 57% estão ativas, com uma arrecadação de impostos anual superior a R$ 20 milhões, o que comprova a eficácia do programa e o alto retorno do investimento público.
As empresas criadas geraram mais de 1,6 mil soluções, 194 patentes e relações de parcerias com universidades e grandes empresas. Além disso, o programa gerou pelo menos 2.280 postos de trabalho altamente qualificados e disseminou a cultura empreendedora no ambiente acadêmico de Santa Catarina. O programa teve sua relevância reconhecida, conquistando o 1º lugar na categoria “Projeto Inovador” do Prêmio Nacional ANPROTEC, em 2009, e 1º lugar da categoria “Relações Institucionais e Governamentais em Organizações Privadas” no Prêmio Marco Maciel: Ética e Transparência entre o Público e Privado, realizado pela ABRIG, em 2018.