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Teste de usabilidade em sistemas de saúde: como aplicar?

Teste de usabilidade em sistemas de saúde

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Facilitar a transformação digital e maximizar a satisfação dos usuários são premissas que norteiam a aplicação de um teste de usabilidade, em especial para os que prestam serviços e desenvolvem produtos da área da saúde. 

Processo fundamental no desenvolvimento de projetos de UX design para saúde, os testes são responsáveis por validar propostas que criam ou remodelam soluções em produtos e serviços que simplifiquem o dia a dia das pessoas.

Na prática, eles permitem a avaliação de uma série de critérios chave para a utilização do produto de acordo com o contexto de uso, como por exemplo quanto tempo o usuário gastou para realizar determinada tarefa e, depois de realizada, quanto tempo é gasto para operacionalizar a solução.

Utilizada de forma efetiva, essa ferramenta atua de forma a incluir o usuário como ator na criação de melhores sistemas de saúde, ao fornecer recursos que avaliam cenários de usabilidade e validam de forma antecipada a solução em relação aos objetivos da jornada de uso.

Neste artigo, conheça a importância da realização de testes de usabilidade em sistemas de saúde e entenda suas principais aplicações. 

Usabilidade na saúde: por que é importante?

O design da experiência do usuário (UX) é uma área que pretende entender o que está por trás da necessidade do usuário e projetar interfaces mais amigáveis. Uma de suas principais metodologias é a validação de soluções digitais por meio do teste de usabilidade.

Na operação de sistemas, o UX na saúde tem ganhado espaço com a fusão do ambiente físico e digital em projetos voltados para prestação de serviços médicos. É muito comum, por exemplo, que médicos passem mais tempo operando softwares do que atendendo os pacientes.

A fim de promover processos mais ágeis e garantir que os usuários, sejam eles pacientes ou profissionais, tenham  experiências mais humanizadas e inclusivas, a implementação de sistemas com melhor usabilidade quanto à usabilidade reflete na qualidade da assistência médica e em processos mais eficientes. 

Nesse sentido, a escolha de interfaces de sistemas para saúde que sejam intuitivas e de fácil uso, a ponto de qualquer usuário consiga compreendê-las, contribui não apenas para a fluidez dos serviços, mas também para segurança, produtividade e satisfação dos usuários.

Na prática, os projetos de UX envolvem a investigação das necessidades dos usuários da área de saúde, como pacientes, profissionais de saúde e administradores, para propor decisões estéticas e funcionais voltadas para a habilidade de executar tarefas de maneira eficiente, por meio de pesquisas, análises de dados e resultados de teste de usabilidade na criação de soluções.

Como o UX design é aplicado a sistemas de saúde

Partindo da premissa do UX design de colocar a experiência do usuário no centro da cultura da empresa, atuando para diluir os limites entre produtos físicos, os serviços e as interações digitais, a CERTI aplica uma metodologia de design de experiência focada na usabilidade de sistemas de saúde. 

O objetivo é que o usuário tenha mais chances de não desviar de seu fluxo natural de realização de atividades do dia a dia e que tenha condições ao longo do caminho para visualizar e interpretar diferentes elementos da tarefas. 

A aplicação do UX design em sistemas de saúde é feita por meio de etapas que envolvem estudos para identificar as necessidades dos usuários, a validação dos requisitos do projeto, a criação de hipóteses para desenvolvimento da solução e a elaboração da interface, que será validada por testes de usabilidade desde as primeiras versões.

Fase de descoberta

As equipes de design realizam pesquisas para entender sobre o contexto do usuário, mapeando aspectos da sua realidade com atenção à forma que ele executa as tarefas e quais ferramentas utiliza, o que permite analisar sua satisfação ao longo do processo e, principalmente, identificar necessidades não atendidas.

Os artefatos vindos da pesquisa são compartilhados com a equipe de maneira a fortalecer a identificação com o contexto do usuário e promover a empatia. Gerar insights e adequar a solução à realidade de maneira a reduzir os riscos de não adesão por parte do público são os principais objetivos desta fase.

Entre as ferramentas mais utilizadas nessa fase estão entrevistas contextuais remotas ou presenciais, visitas de campo, observação e registro em formulários online. 

Fase de criação

Após o mapeamento dos insights e adequações dos requisitos realizados pelas equipes de pesquisa junto aos usuários, os designers atuam de maneira a tornar tangível as principais alternativas, propondo fluxos de uso para a solução.

Fluxos de uso são diagramas que permitem visualizar o caminho do usuário dentro da aplicação, indicando seções e funcionalidades, sequência das ações, respostas do sistema e pontos de contato com outras tecnologias. Essa ferramenta facilita a avaliação da proposta.

Nesta fase, é criada uma espécie de esqueleto da interface do projeto que vai servir de base para o detalhamento dos componentes de usabilidade, como botões, abas, cabeçalhos e formulários.

Esses esquemas e ferramentas ajudam a refinar as hipóteses durante o desenvolvimento da solução e a validação dos requisitos do projeto, trazendo ganhos de agilidade, segurança e economia.

Fase de validação

Após o estágio de criação dos esboços do projeto e o detalhamento e prototipação da interface, as equipes executam o  teste de usabilidade para apresentar a solução ao usuário da forma mais simples possível. O objetivo é que ele interaja, navegue pela solução e realize um teste do sistema.

Esse modelo piloto pode ser utilizado por meio de um mockup, que é protótipo, ou a validação pode ser feita diretamente na implementação da solução junto ao usuário. 

Essa fase tem como objetivo testar se as mudanças implementadas estão no caminho certo, se estão em conformidade com os padrões de design e, principalmente, saber se as necessidades específicas do usuário foram sanadas por meio do sistema desenvolvido. 

Por que é fundamental realizar testes de usabilidade?

A simulação dos recursos e das funcionalidades da solução apresentada ao cliente por meio do teste de usabilidade permite entender se o ciclo inicial de investigação das necessidades do usuário foi concluído. 

Como a fase de testes não representa um processo rígido, é nessa etapa que ciclos menores de descoberta podem ser mapeados em fases anteriores ou posteriores, identificando pontos problemáticos e possíveis fontes de melhorias utilizadas para alimentar este ciclo. 

Essa flexibilidade permite adaptações aos recursos de tempo e equipes disponíveis, bem como a realização de testes na localidade onde o usuário se encontra, de forma remota ou presencial. 

Em alguns contextos de projetos, realizar alterações depois da implementação pela equipe de desenvolvimento é mais dispendioso do que fazê-las nas etapas iniciais. Nesse sentido,  fazer ajustes na etapa de validação e testes é mais vantajoso do que depois do projeto concluído. 

Em projetos em andamento, é possível atentar à possibilidade da aplicação de melhorias advindas do resultado dos testes que permitem eliminar barreiras ao uso apenas identificadas pelos usuários em situações de interação e simulação.

Por isso, em termos de gestão, a proposição de melhorias a partir dos testes de usabilidade executados em protótipo é muito mais fácil e barata do que na etapa de implementação. 

Projetos desenvolvidos pela CERTI para a área da saúde

A expertise da CERTI, que atua conjuntamente com equipes de desenvolvimento de software e engenharia de sistemas, nas competências de design centrado no usuário envolve um conjunto de técnicas, dentro de uma jornada inovadora de planejamento estratégico da descoberta das necessidades do cliente, criação da interface e execução de testes de usabilidade.  

O método foi aplicado em projetos de impacto na área da saúde para a estimulação de práticas que ampliam as chances de formatar, adaptar e melhorar produtos e serviços inovadores, ao mesmo tempo em que atuam na melhoria dos processos dos usuários, na redução do risco de falhas e no aumento da segurança de profissionais e pacientes.  

Entre as competências desenvolvidas pela CERTI em cada projeto, a construção de dashboards e telas a partir de estudos de visualização de dados, entrevistas contextuais com usuários, mapeamento de jornadas e criação de personas são algumas ferramentas utilizadas nas fases de descoberta das necessidades dos usuários.

A partir da identificação da jornada e da prototipação das soluções em mockups, a CERTI desenvolve wireframes e interfaces para especificação, utilizadas com objetivo de validar as funcionalidades com o usuário e encaminhar as especificações aos desenvolvedores, a fim de que ele interaja, navegue pela solução e realize testes de usabilidade.

Após a criação dos mockups, na etapa de validação é realizada uma análise heurística, método que consiste em especialistas — membros da equipe de design — avaliarem uma interface tomando como  base princípios de design. Durante todas as etapas de design, as equipes de software, IA e engenharia de sistemas provêm aos designers um feedback interno, revisando os critérios aplicados no projeto. 

Quer entender com mais detalhes sobre a aplicação dessa metodologia de teste de usabilidade criada pela CERTI? 

Entre em contato conosco!

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