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Como dados digitalizados de infraestrutura colaboram para criar serviços urbanos inteligentes

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A digitalização de rede elétrica vai permitir que, no futuro, as cidades contem com soluções mais ágeis para a identificação de falhas e reparos no sistema. Por meio de um mapa digital da região, será possível monitorar e antecipar as necessidades de toda a rede a partir de dados captados por sensores e inteligência artificial, oferecendo serviços urbanos inteligentes e de melhor qualidade.

Neste post, veja como funciona a coleta de dados na rede de distribuição elétrica, o potencial do compartilhamento de dados entre diferentes sistemas e algumas possibilidades de serviços urbanos que podem surgir a partir disso. Acompanhe!

Compartilhamentos de dados de infraestrutura urbana

Quando aplicada à rede elétrica, a inteligência de dados é fundamental para evitar interrupções no serviço e torná-lo mais seguro e contínuo. Isso só é possível devido ao uso da inteligência artificial, que possibilita que o sistema identifique problemas e se reconfigure automaticamente, permitindo que as equipes possam focar nas melhores formas para utilizar essas informações.

Os dados digitalizados da infraestrutura da cidade podem ser compartilhados com cidadãos, universidades, startups e poder público para o desenvolvimentos de novos serviços urbanos inteligentes e soluções sustentáveis.

No modelo atual, o sistema é altamente pautado nos equipamentos da rede, ou seja, a rede é voltada apenas para os componentes de distribuição de energia, como cabos, transformadores, disjuntores, entre outros.

A digitalização da rede elétrica vai permitir que boa parte dos equipamentos e informações do sistema possam ser utilizados não apenas pela empresa responsável pelo serviço, mas também por concessionárias de água e gás, empresas de telecomunicações e prefeituras.

Mas como isso será possível?

A resposta está na coleta e compartilhamento de dados. Os novos equipamentos deixarão de ser estruturas passivas e passarão a ser dotados de sensores inteligentes capazes de captar todo o tipo de informações do ambiente.

Dessa forma, um poste, por exemplo, passará a:

  • Coletar dados sobre a temperatura, poluição e a umidade relativa do ar por meio de sensores, 
  • Mapear o movimento das ruas e das calçadas com o auxílio de câmeras inteligentes e ferramentas de reconhecimento facial e contagem de pessoas
  • Identificar a demanda por energia em cada ponto e os picos de consumo por meio de sensores, entre outras funcionalidades.

Todas essas informações serão armazenadas em bancos de dados e poderão ser utilizadas para gerar diversos benefícios para a comunidade, desde o direcionamento para a abertura de novos negócios até o acompanhamento do crescimento da vegetação, que pode colocar em risco a rede elétrica.

Além disso, os dados poderão auxiliar o poder público, a exemplo da análise de movimentação de carros e pessoas nas áreas, a ressincronização semafórica e o melhor controle do fluxo de veículos.

Leia também: As inovações que estão transformando a distribuição de energia elétrica

Quando falamos em serviços urbanos inteligentes com base nos dados digitalizados do sistema, outra tecnologia fundamental são os gêmeos digitais. Resumidamente, trata-se de representações virtuais dos componentes físicos da rede alimentados por sensores inteligentes.

Como atuam de maneira paralela ao que ocorre no ambiente real, os digital twins incorporam uma série de dados em tempo real, aumentando a capacidade preditiva do sistema e a realização de simulações que beneficiam a confiabilidade para o serviço e para embasar a tomada de decisão.

Isso só é possível por meio de uma abordagem data driven, em que o grande volume de dados coletados em tempo real permite modelos preditivos e prescritivos baseados em algoritmos de machine learning e deep learning, possibilitando, assim, o desenvolvimento de serviços urbanos inteligentes.

Serviços urbanos inteligentes: como os dados podem apoiar soluções inovadoras

A coleta e armazenamento de dados do sistema elétrico permite criar um ecossistema de compartilhamento e troca de informações entre os diferentes sistemas e os mais diversos stakeholders.

Assim, é possível integrar dados de terceiros e compartilhá-los com outras empresas e instituições, colaborando para a criação de novas soluções e melhores serviços para a comunidade. Isso pode levar a uma integração da infraestrutura local, colaborando para mobilidade, segurança, redução de desperdício, planejamento urbano, entre outras vantagens.

Treinamentos técnicos e assistência remota

A digitalização dos dados e sua disponibilidade em aplicações de Realidade Aumentada e Realidade Virtual trazem benefícios também para a rotina dos técnicos responsáveis pelo sistema.Isso porque essas tecnologias permitem a realização de treinamentos em ambientes virtuais extremamente fiéis ao ambiente físico em que os profissionais vão atuar; tudo isso com assistência remota e muito mais segurança.

Manutenção de ativos

As informações coletadas também serão importantes para a manutenção dos ativos do sistema. Com o monitoramento de dados enviados pelos equipamentos, será possível averiguar o estresse ao que os componentes da rede estão submetidos e prever quando pode haver falhas e, assim, agir de maneira preventiva, antecipando reparos. Isso ajuda a reduzir o custo com a manutenção da rede e a aumentar a vida útil dos ativos.

Economia circular

E isso tem tudo a ver com o modelo de economia circular, em que as tecnologias são desenvolvidas de acordo com o conceito de design circular. Essa metodologia prevê que as soluções sejam ressignificadas de modo a desenvolver ciclos profundos que se pautem em fontes de energia limpa, considerando seu impacto na sociedade e no meio ambiente.

Assim, a economia circular diz respeito, neste contexto, ao aumento da vida útil dos componentes da rede e ao reaproveitamento e reciclagem dos materiais, possibilitando novos modelos de negócio mais sustentáveis.

Serviços urbanos inteligentes

E, como vimos, é possível alcançar esses benefícios por meio do uso de dados e da inteligência artificial na criação de serviços urbanos inteligentes, que considerem não apenas a sustentabilidade econômica das soluções disponibilizadas, mas também social e ambiental.Para saber mais sobre o assunto, continue acompanhando nossos textos no blog da CERTI e, em caso de dúvida, entre em contato conosco.

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