A Indústria 4.0 abrange a adoção de uma série de tecnologias para digitalizar e automatizar processos ao longo da cadeia produtiva. No entanto, com o avanço das inovações e a necessidade de obter respostas em tempo real, cresce a demanda por soluções que tragam mais segurança e velocidade às operações e à comunicação das empresas.
Nesse sentido, o edge computing representa o próximo passo para a indústria, impulsionando novas aplicações com menor custo de implementação, baixo tempo de resposta e maior resiliência.
A seguir, entenda mais sobre esse conceito, veja suas vantagens e aplicações e saiba como a CERTI pode ajudar a sua empresa. Acompanhe!
O que é Edge Computing?
O edge computing, ou computação de borda, é uma tecnologia que trata da descentralização das operações com o objetivo de melhorar a experiência do usuário e trazer mais confiabilidade e eficiência para os processos.
Se hoje as empresas ainda precisam contar com uma infraestrutura centralizada — geralmente na nuvem — para o processamento de dados, comunicação e análises, com o edge computing é possível distribuir essas operações em uma espécie de micro-data centers periféricos.
A ideia é formar uma rede descentralizada e que esteja posicionada de maneira mais estratégica, mais próxima à indústria, para reduzir custos, dar mais segurança e garantir a velocidade e qualidade do processamento de dados.
E isso só é possível por conta da internet das coisas (IoT) e dispositivos inteligentes que coletam e processam os dados.
Cloud computing e Edge computing
Para entender o edge computing, temos que voltar um passo, até o cloud computing. A computação em nuvem foi um grande avanço, que viabilizou o surgimento de muitos modelos de negócios e possibilitou a criação de uma série de aplicativos, incluindo softwares utilizados mundialmente como o Uber.
No entanto, com a aceleração da transformação digital e a chegada de novas tecnologias, houve também uma mudança na demanda de pessoas e empresas.
Hoje, muitas aplicações já não podem ser executadas na nuvem, pois elas têm uma necessidade de uma conectividade de alta resiliência (com a menor latência possível) — algo que muitos provedores de internet não conseguem fornecer e que é essencial para o funcionamento dessas aplicações.
É nesse contexto que surge o edge computing. A computação de borda consegue resolver problemas relacionados à demora de comunicação, disponibilidade de rede e custos.
De fato, a questão da velocidade da comunicação é central quando falamos de cloud e edge computing. Por mais que seja imperceptível do ponto de vista humano, na nuvem, a comunicação não ocorre em tempo real; há um certo atraso.
O problema é que, com novas tecnologias, como sistemas autônomos para controle de veículos ou da segurança de processos críticos de uma indústria, por exemplo, esse atraso pode fazer toda a diferença. E não apenas em termos de custos, mas também de riscos – de pessoas e estruturas.
De olho nessas necessidades, a computação de borda é a tendência mais forte quando falamos em indústria 4.0. Nos próximos anos, devemos ver essa tecnologia tornar-se tão forte quanto o cloud computing é nos dias de hoje.
Edge Computing na Indústria 4.0
No contexto da indústria 4.0 e com o avanço da digitalização de processos fabris, novas tecnologias foram evoluindo e, ao mesmo tempo, sendo impulsionadas.
A computação em nuvem e a internet industrial das coisas (IIoT) já fazem parte da rotina de muitos setores produtivos, garantindo a automação e a geração de dados na indústria.
E, se temos que lidar com dados, inovações como Big Data, Inteligência Artificial e Machine Learning também entram na equação, proporcionando à indústria lidar com grandes volumes de informação de forma a extrair conhecimento e gerar insights valiosos para suas operações.
No entanto, a demanda cada vez maior pela adoção de dispositivos de IIoT e pela redução da latência (tempo de resposta) na comunicação, aliado ao lançamento da rede 5G, exige da indústria uma estrutura computacional capaz de atender a essas necessidades.
E a resposta para isso está na chegada do edge computing ao chão de fábrica.
Qual o papel do Edge Computing na digitalização da indústria?
O emprego da computação de borda aliada à internet industrial das coisas permite a criação de ambientes ciberfísicos, que combinam máquinas e processos digitais para assegurar uma tomada de decisões em tempo real e descentralizada ao longo da cadeia.
Do fornecimento à distribuição, do armazenamento à comercialização do produto, tudo pode ser monitorado e gerenciado simultânea e instantaneamente,
Dessa forma, o edge computing potencializa a capacidade da indústria em gerar, transmitir, analisar e processar seus dados, garantindo a infraestrutura necessária para impulsionar a digitalização e permitir um avanço em termos de maturidade na indústria 4.0.
Quando falamos de indústrias mais maduras, nos referimos à sua capacidade de avançar, sobretudo, em processos autônomos, capazes de fornecer mais previsibilidade e assegurar a adaptabilidade nos processos e operações.
Ou seja, a computação de borda não apenas auxilia as empresas na sua gestão em tempo real, mas também aumenta sua capacidade preditiva e de resposta a eventos.
Sendo assim, com mais inteligência e velocidade, o edge computing se torna, também, um importante diferencial competitivo.
Aplicações do Edge Computing na indústria
Como pudemos ver, o edge computing consegue retirar alguns obstáculos do caminho da indústria, ajudando na criação de uma fábrica verdadeiramente inteligente e digitalizada.
A computação de borda está diretamente relacionada à aplicação de tecnologias como IoT, Big Data e Inteligência Artificial. Isso porque essas ferramentas requerem um alto poder de processamento de dados e, para que possam trazer melhores resultados em tempo real, baixa latência e alta resistência.
Assim, o edge computing pode ser aplicado para gerar uma infraestrutura totalmente interligada, em que equipamentos, sistemas e aplicações comuniquem-se entre si sem qualquer atraso.
E isso permite um melhor monitoramento dos processos, análise de dados e capacidade de predição.
Vantagens competitivas do Edge Computing
À medida que a indústria se digitaliza e cresce a adoção de dispositivos inteligentes, o volume de dados, bem como a complexidade do sistema, aumenta. E conforme o tráfego cresce, o mesmo acontece com a latência na rede. Além disso, é preciso considerar os custos da computação em nuvem centralizada.
Com o edge computing, essa situação muda completamente, Com uma estrutura distribuída e mais próxima de onde os dados são gerados, a rede ganha eficiência e os recursos são melhor aproveitados. Também há uma redução na latência, sobretudo em função da diminuição de dispositivos conectados.
Ademais, os dados passam a ser pré-processados na borda, antes mesmo de serem enviados à nuvem. Isso garante uma redução do tráfego, o que impacta diretamente nos custos, principalmente com a contratação de banda e a necessidade de servidores de alta capacidade.
A descentralização também proporciona uma maior independência às diferentes áreas da fábrica. Dessa forma, problemas originados por falhas ou interrupção em uma determinada área não afetam a outra, resguardando a produtividade e a eficiência.
Por fim, a segurança dos dados é outro benefício importante. Com o edge computing, é possível manter os dados mais sensíveis circulando apenas na borda, isolando-os de outros sistemas. Quaisquer brechas ou falhas que vierem a acontecer não afetariam todo o conjunto de informações.
Intelligent Edge Fabric da CERTI
O Intelligent Edge Fabric da CERTI é uma solução para apoiar a aplicação do edge computing na indústria 4.0.
O objetivo é garantir a conectividade entre sistemas, equipamentos e aplicações de forma distribuída, assegurando a convergência de dispositivos ciberfísicos com os sistemas de tecnologia da informação e sua interoperabilidade com os sistemas de tecnologia operacional (IT/OT).
Se antes a automação ocorria de forma hierárquica e rígida, hoje ela deve se dar de maneira modular e flexível.
A partir desse entendimento, a CERTI auxilia indústrias com defasagem tecnológica a iniciar a digitalização por meio da computação de borda sem precisar de equipamentos e aplicações caras e complexas.
A CERTI ajuda a indústria a ser mais competitiva por meio da exploração de conceitos avançados para permitir, entre outras coisas, a análise de processos futuros, a criação de cenários para otimização da produção e a digitalização do chão de fábrica.
Idealizado pela CERTI, o LabFaber é uma plataforma para desenvolvimento, experimentação e capacitação da transformação digital na indústria, com foco em aumentar a competitividade das empresas no mercado. Em nosso centro, as empresas encontram tudo o que precisam para avançar etapas e alcançar a maturidade na indústria 4.0.
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