Pesquisar

Incentivo à inovação: quais são os negócios na Amazônia

Compartilhe esse post:

Para transformar a realidade e fazer frente aos desafios globais, o incentivo à inovação deve ser foco da atuação de governos e empresas. É por meio dela que será possível criar novas tecnologias, ferramentas e formas de fazer negócios que ajudem a mudar a realidade e gerar mais valor para a sociedade.

Neste post, vamos conhecer o panorama do incentivo à inovação no Brasil e ver como é possível fazer isso. Boa leitura!

A importância do incentivo à inovação

O incentivo à inovação é fundamental para o enfrentamento dos desafios do século 21. A crise climática e as demandas sociais são urgentes e precisam de uma resposta à altura.

A inovação é o que permite às empresas aliar essas demandas à sua visão de mercado. Isto é, pensar produtos, serviços, processos e modelos de negócio que mantenham o negócio lucrativo ao mesmo tempo em que colaboram para a resolução de problemas socioambientais, gerando empregos, oportunidades e renda.

A agenda ESG é um bom exemplo disso. As empresas já não podem mais desconsiderar a importância do impacto da sua atuação sob a perspectiva socioambiental. E para que isso seja possível, a inovação é essencial.

E, neste processo, a empresa sai ganhando e os negócios que mais rapidamente se adaptarem à nova realidade têm mais potencial para triunfar. Isso porque inovação gera competitividade.

Leia mais: Qual a importância de fomentar a bioeconomia na Amazônia

O cenário do incentivo à inovação no Brasil

Nas últimas duas décadas, o governo brasileiro deu passos importantes para o incentivo à inovação no País por meio de leis e políticas públicas. Mesmo assim, vale destacar, os investimentos são insuficientes, aquém do que as demandas globais e internas exigiriam. E sem incentivos, há uma limitação na capacidade de inovar, tornando nossa economia menos competitiva.

A Lei da Inovação e a Lei do Bem (2004 e 2005, respectivamente) são exemplos de medidas tomadas pelos últimos governos. Ambas se baseiam na concessão de incentivos fiscais como forma de fomento à inovação.

Mais recente é a Empresa Brasileira e Inovação e Pesquisa Industrial (EMBRAPII), criada em 2013. O órgão trabalha em cooperação com instituições de pesquisa públicas e privadas e oferece apoio financeiro para projetos PD&I das empresas.

Outros vetores importantes de incentivo à inovação no Brasil são o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC). 

A partir dessas instituições, saíram projetos importantes, como:

  • Rede de Tecnologias e Inovação Digital: visa incentivar o uso e desenvolvimento de novas tecnologias;
  • Rede de Descarbonização, Mobilidade e Logística (Rota 2030): para apoio a projetos de inovação com foco em tecnologias sustentáveis e de baixa emissão de carbono no setor automobilístico;
  • Rede de Inovação em Bioeconomia: tem o objetivo de fomentar atividades de PD&I e agregar valor e sustentabilidade à biodiversidade dos biomas brasileiros.

Na esteira deste último ponto, vale ressaltar que, no contexto brasileiro, o incentivo à inovação é ainda mais importante na região amazônica. Durante a recente Cúpula da Amazônia, foi lançado o programa Mais Ciência na Amazônia, com investimentos no valor de R$3,4 bilhões. Os recursos, do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT), serão investidos entre 2024 e 2026.

O fomento a empreendimentos de impacto socioambiental, capazes de criar novas soluções que ajudem a gerar valor para a floresta em pé e integrar as comunidades locais, é indispensável para o País – e para o planeta.

A bioeconomia é uma das saídas para encontrar novas soluções para as crises globais, entre elas a criação de negócios de impacto, que aliam a geração de emprego e renda com a preservação do meio ambiente.  A Fundação CERTI desenvolveu um conteúdo que explica o empreendedorismo de impacto. Confira o material!

Como incentivar inovação e novos negócios de impacto

Apesar de ser uma parte importante, recursos financeiros não são suficientes para impulsionar a inovação. Os empreendedores necessitam de apoio para transformar suas ideias promissoras em realidade e, depois, em empresas com potencial de mercado. 

Nesse contexto, iniciativas de apoio à inovação desempenham um papel essencial, fornecendo mentorias e assessoria aos empreendedores para avaliar as perspectivas do mercado, identificar as lacunas a serem preenchidas pelas suas empresas e de que forma podem usar recursos da sua região e dar retorno para a comunidade.

Considerando a Amazônia Legal, os empreendimentos inovadores originados na região necessitam de suporte para se integrarem ao ecossistema de inovação local e estabelecerem conexões com outros atores do mercado. Essa interação é de vital importância para transformar as boas ideias em produtos e em modelos de negócios capazes de efetivamente gerar impactos positivos na região.

O incentivo a negócios de impacto na Amazônia

A Jornada Amazônia é uma das iniciativas de apoio e capacitação de empreendimentos de impacto na floresta. Ela é estruturada em três programas que abarcam toda a jornada do empreendedor, desde a concepção de uma ideia inovadora à superação dos desafios de uma empresa já consolidada no mercado.

Ao longo dos anos, negócios com diferentes propostas passaram pela Jornada Amazônia, impulsionando seu potencial transformador na região.

É o caso da Seringô Encauchados. Trata-se de uma cooperativa que reúne pequenos seringueiros e artesãos e que trabalha com práticas sustentáveis e produtos ecológicos para reativar o ciclo da borracha na Amazônia. Tudo é feito de modo a integrar a população local e gerar valor para essas comunidades.

A RestaurAgro é outro exemplo dos benefícios que o incentivo à inovação na floresta amazônica pode gerar para a sociedade. A empresa atua com consultoria, educando e orientando agricultores e pecuaristas que tiveram suas terras embargadas. O objetivo é reintroduzi-los na cadeia sob uma nova perspectiva sustentável, em que a floresta em pé tenha mais valor do que a devastada.

Em uma vertical completamente diferente, a Amazonian SkinFood é uma empresa que usa ingredientes da floresta para a produção de cosméticos naturais, veganos e sem aditivos químicos.

O objetivo da empresa é buscar compostos benéficos para os cuidados com a pele em cadeias ainda pouco exploradas da região. Isso não só valoriza a biodiversidade amazônica, como proporciona inclusão socioeconômica para comunidades e pequenos produtores.

Conheça a história da Amazonian SkinFood e veja como a empresa busca novos ingredientes para desenvolver seus cosméticos sustentáveis.

A CERTI é patrocinadora oficial do Startup Summit, um dos maiores eventos do ecossistema de inovação e empreendedorismo. O evento acontece nos dias 14, 15 e 16 de agosto, em Florianópolis/SC.
Não perca a oportunidade de participar e se conectar com os principais nomes do empreendedorismo. Aproveite para adquirir seu ingresso com 15% de desconto clicando no link abaixo

Compartilhe esse post: