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Mobilidade elétrica nas cidades inteligentes: qual o caminho para o desenvolvimento

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O futuro dos grandes centros urbanos passa pela adoção massiva da tecnologia de dados e de comunicação. As cidades inteligentes estarão conectadas para melhorar toda a rede de serviços e infraestrutura que oferecem aos seus cidadãos, com o objetivo de melhorar sua qualidade de vida e bem-estar. E, nesse sentido, a mobilidade elétrica tem protagonismo.

Neste post, veja a importância da mobilidade elétrica nas cidades inteligentes e seus principais desafios. Acompanhe!

Cidades inteligentes e o papel da tecnologia

Cidades inteligentes (do inglês smart cities) são espaços urbanos que utilizam a tecnologia de maneira estratégica para melhorar a qualidade de vida das pessoas. Isso envolve melhorias em todo o tipo de infraestrutura, como comunicação, mobilidade urbana, rede elétrica e de água, entre outras, com o objetivo de criar soluções mais sustentáveis e eficientes.

É a combinação de tecnologia e inteligência de dados que caracteriza as cidades inteligentes. Por meio da integração de indicadores das mais diversas áreas, o intuito é que isso ajude a direcionar a tomada de decisões por parte de quem planeja e executa ações por toda a cidade.

Alguns dos objetivos que podem ser almejados são: economia de tempo das pessoas, aumento da segurança, redução do custo de vida, diminuição da poluição, criação de empregos, proteção e aumento de qualidade do meio ambiente, melhoria nos serviços de saúde e maior engajamento social dos cidadãos.

Importante notar que o uso da tecnologia por si só não basta. Cidades inteligentes se sustentam em três alicerces fundamentais: infraestrutura, planejamento e, claro, inteligência. Portanto, soluções como semáforos integrados, digitalização da rede elétrica, prédios inteligentes, sensores e câmeras, conectividade 5G, preservação ambiental e soluções sustentáveis devem estar interligados com uma maior consciência social para garantir o bem-estar das pessoas.

O desenvolvimento da mobilidade elétrica nas cidades inteligentes

Considerando os aspectos da mobilidade urbana, da sustentabilidade e da inteligência, a mobilidade elétrica tem um papel central nas smart cities. Afinal, o transporte é uma rotina diária de quase todas as pessoas e, por isso, tem grande impacto nas cidades, seja na forma de poluição, trânsito, bem-estar mental e físico das pessoas, entre outros.

Quando falamos em mobilidade elétrica, não tratamos apenas do ponto de vista da sustentabilidade, mas também de eficiência, economia e qualidade de vida, além da oportunização de novos negócios e atividades produtivas. 

Por isso, a busca por soluções de mobilidade elétrica inteligentes deve envolver, por óbvio, tanto o transporte coletivo e público quanto o individual. No Brasil, se por um lado a venda de carros elétricos vem batendo recordes em 2021, por outro, cada vez mais cidades começam a introduzir veículos eletrificados na frota de transporte público, em especial os ônibus.

Maior cidade do País, São Paulo lidera os esforços nesse sentido. Estimulada pela implementação de metas para reduzir danos ambientais, a cidade pretende eliminar a emissão de CO2 até 2037 em veículos a serviço da prefeitura.

Atualmente, são 219 ônibus elétricos que compõem a frota paulistana, o que representa apenas 1,6% do total em circulação. No entanto, o objetivo da prefeitura é atingir 18% ainda em 2021.

Ao redor do mundo, outros países que estão mais avançados que o Brasil na questão da mobilidade elétrica passam por transformações a passos largos. Um exemplo é a cidade de Hamburgo, na Alemanha, que pretende eletrificar sua frota com mais de 500 ônibus até 2025. Para isso, o governo investe no desenvolvimento de infraestrutura de recarga e carregadores que se adequam aos veículos, instalando-os em pátios e terminais.

Iniciativas como as de São Paulo e Hamburgo e a presença de incentivos para baratear e popularizar os veículos elétricos particulares são fundamentais para tornar as cidades mais sustentáveis e inteligentes.

Como exemplo do potencial impacto, um estudo recente aponta que carros elétricos poluem até 68% menos que os a combustão. Basta imaginar os benefícios com a eletrificação em massa, sobretudo de veículos altamente poluentes, como ônibus e caminhões.

Leia mais: Veículos elétricos no Brasil: quando a tecnologia deve ganhar força?

Quais os desafios da mobilidade elétrica nas Smart Cities?

Eficiência energética é uma das principais condições para tornar as cidades inteligentes. E a mobilidade elétrica representa um desafio importante para alcançar esse objetivo.

Se veículos elétricos são fundamentais para a redução das emissões de gases e também da poluição sonora nos grandes centros urbanos, há gargalos que devem ser resolvidos. 

Com cada vez mais carros, ônibus e caminhões eletrificados, a demanda por energia em função da necessidade de recarga desses veículos pode sobrecarregar a rede elétrica das cidades.

Sem inteligência e planejamento, isso pode se tornar um problema, sobretudo no caso do transporte individual, uma vez que boa parte das pessoas cumpriria uma mesma rotina ao longo do dia, recarregando seus veículos durante a noite.

Nesse mesmo sentido, outro desafio relativo à mobilidade elétrica nas cidades inteligentes diz respeito à infraestrutura de recarga. As cidades são, há décadas, planejadas para atender a mobilidade de veículos à combustão. Não é nada difícil, por exemplo, encontrar um posto de combustível.

No entanto, se o objetivo é eletrificar a frota de veículos, a infraestrutura disponibilizada para essas pessoas e empresas deve seguir o mesmo ritmo. É preciso que haja incentivos e estímulos a novos modelos de negócio que espalham pontos de recarga por cada vez mais lugares. 

Verifica-se que em eletropostos públicos o índice de recargas é maior durante o dia do que a noite. Dessa forma, também é importante que esses eletropostos sejam, cada vez mais, acoplados a redes de geração de energia renovável, como a fotovoltaica, por exemplo, que gera energia durante o dia. Isso é fundamental para garantir a circulação sem impedimentos.

Por fim, a conectividade é outro desafio que pode impactar positivamente na mobilidade elétrica nas cidades inteligentes. Isso porque a tecnologia 5G é ponto-chave no futuro do setor, formando uma rede veicular inteligente que promete trazer uma série de benefícios, principalmente no que se refere à eficiência energética. 

Com a conectividade de alta velocidade, os veículos podem se comunicar entre si e, por que não, com as estações de recarga. Pode-se criar estratégias em que gestores de estações avisem aos veículos pontos com maior fila de abastecimento, pontos com maior sobrecarga na rede elétrica, etc.

Um sistema completamente conectado com a distribuidora de energia, gestores de eletropostos, usuários de veículos elétricos, entre outros, deve trazer benefícios incontáveis para eficiência energética, eficiência econômica no negócio e sustentabilidade para a rede elétrica.

Dessa forma, assim como há a preocupação pela demanda crescente por energia, a infraestrutura da nova rede 5G nas cidades inteligentes precisa prever a entrada de cada vez mais veículos conectados e interligados.

A Fundação CERTI tem incentivado a inserção dos veículos elétricos no Brasil. Conheça o projeto Eletroposto Celesc, que visa à criação de uma infraestrutura para atender a demanda por postos de carregamento de veículos elétricos, bem como desenvolver estudos para compreender os impactos na rede e as novas oportunidades de mercado. Conheça os detalhes do projeto acessando este e-book:

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