Pesquisar

Como financiar um produto inovador para saúde? Destaque para o case Poditrodi/PoC

Compartilhe esse post:

Criar um produto inovador para saúde, assim como em outras áreas, requer mais do que uma boa ideia. Projetos assim, por tratarem de assuntos que requerem extrema confiabilidade – como saúde dos seres humanos, precisam de muitos testes,certificações nacionais e internacionais e esforço de pesquisa. Apesar das dificuldades, desenvolver algo inovador na área traz inúmeros retornos, tanto sociais quanto financeiros, para um país. É por isso que existe interesse de muitas empresas por iniciativas desse tipo, além de financiamentos subsidiados pelo governo. Se você tem um projeto mas ainda não sabe como conseguir recursos para bancá-lo, veja algumas de nossas dicas:

  • Empresas interessadas em financiar um produto inovador

Muitos projetos surgem a partir de pesquisas, principalmente em universidades. Para que eles se transformem em produto inovador da área da saúde, há empresas interessadas em financiá-los. Isso acontece, em geral, quando o pesquisador já está com o estudo bem fundamentado. Um dos caminhos para conseguir o financiamento é mapear as empresas do setor que possam ter interesse, entrar em contato e dar início às negociações. Para dar visibilidade ao projeto, é interessante divulgá-lo junto à comunidade científica ou mesmo procurar veículos de imprensa para que divulguem a ideia e a necessidade de parceria para apoio financeiro.

  • Lei de informática

Se você já está vinculado a uma empresa, uma boa opção é a lei de informática. Por meio dela, o Governo Federal ajuda a transformar uma ideia em produto inovador com a redução de IPI (imposto sobre produto industrializado). Para ter acesso ao benefício, além de ser um produto que atenda aos requisitos do PPB (processo produtivo básico), basta que a empresa invista em pesquisa e desenvolvimento, comprove regularidade fiscal e seja produtora de algum item cujo nome conste na lista de produtos incentivados.

  • Finep

O projeto Inova Saúde destina R$3,6 milhões para atividades de inovação em saúde. O objetivo é diminuir a dependência tecnológica do Brasil em relação a outros países. Podem participar empresas ou instituições de ensino, desde que sejam brasileiras. O produto inovador pode seguir as seguintes linhas temáticas: biofármacos, farmoquímicos e medicamentos; equipamentos materiais e dispositivos médicos; telessaúde e telemedicina; medicina regenerativa; e outras.

  • BNDES

O BNDES possui uma série de incentivos voltados diretamente para área da saúde, que podem ser linhas de crédito e financiamentos, inclusive reembolsáveis. A modalidade escolhida depende do tipo de produto inovador que se pretende financiar, mas os critérios estão geralmente associados ao grau de inovação e aos benefícios que a ideia poderá trazer. Associar-se a institutos e fundações como a CERTI conta como diferencial decisório para a concessão do benefício.

  • CNPq

O CNPq é a agência do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação que tem por objetivo fomentar a pesquisa científica e tecnológica por meio de programas, financiamento de projetos, concessão de bolsas e  divulgação de iniciativas ligadas à pesquisa no Brasil e no exterior, dentre outros mecanismos de incentivo. É um financiamento importante para os projetos de produtos inovadores especialmente em fase inicial, já que destina seus recursos principalmente a grupos acadêmicos de pesquisa e a instituições de ciência, tecnologia e inovação (ICTIs). Uma possibilidade interessante é a de associar os incentivos oferecidos pelo CNPq a outros programas internacionais, como foi feito no PodiTrodi, projeto que desenvolveu um equipamento POC (point-of-care) para fazer o diagnóstico da doença de Chagas. O projeto foi desenvolvido por pesquisadores da Fundação CERTI, Unicamp, CTI Renato Archer, Fundação Oswaldo Cruz (por meio do Instituto de Biologia Molecular do Paraná, IBMP), UFPR, Instituto Fraunhofer ENAS e outras sete instituições e empresas europeias.

  • Parceria com instituições de pesquisa

Outro caminho bastante interessante é procurar centros de referência em tecnologia, especialmente os que são credenciados pelo Embrapii, como a CERTI. Além de dar todo apoio e direcionamento para efetivar o projeto em produto inovador para saúde, os centros credenciados possuem verba para financiar até 33% do total de investimento. No caso da CERTI,  os projetos são voltados ao desenvolvimento de equipamentos médico-odontológicos; análise clínica e diagnóstico (incluindo point-of-care); microscopia digital embarcada; sistemas de monitoramento, controle e gestão de equipamentos, pacientes e ambientes médicos e hospitalares; e sistemas de comunicação, armazenamento e processamento digital de imagens.  

Compartilhe esse post: