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Cidades inteligentes: como incentivá-las e alguns exemplos praticados

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Espera-se um cenário diferente para um futuro não tão distante, com soluções de tecnologia para problemas de mobilidade e segurança na vida urbana. A proposta das cidades inteligentes — ou smart cities, em inglês — é desenvolver recursos avançados para tornar o cotidiano mais prático e conectado.

Imagine conviver com carros autônomos, portas automatizadas ou equipamentos que respondem a comandos de voz. O objetivo de tudo isso é aumentar a qualidade de vida e promover o crescimento econômico e social. 

Entenda mais sobre esse termo e saiba o que esperar no Brasil e no mundo acerca de inovações focadas nesse conceito. 

Cidades inteligentes: tecnologia, eficiência e sustentabilidade

No podcast sobre o tema produzido pelo Instituto das Cidades Inteligentes, Cris Alessi, presidente da Agência Curitiba de Desenvolvimento e Inovação, comenta que a expressão cidades inteligentes começou a se difundir nos anos 90. 

Vinculado às evoluções das Big Techs à época, falar em smart cities sempre significou fazer um paralelo com tecnologia. Porém, isso não é o suficiente para construir uma cidade dentro dos parâmetros de inteligência. 

A tecnologia é apenas uma ferramenta. Cidades inteligentes devem ser projetadas sobre pilares como investimentos, governança, artifícios tecnológicos, meio ambiente, administração pública, planejamento urbano, coesão social e capital humano.

O cidadão deve estar no centro do ecossistema com planejamentos que abranjam diferentes esferas. Por isso, a integração entre governo e empreendedores é fundamental

Como fomentar ecossistemas de inovação

Alguns caminhos são possíveis em direção a incentivos para viabilização de iniciativas transformadoras e novas soluções nas cidades inteligentes. Conheça a seguir algumas oportunidades.

Programas de inovação

Criar programas de motivação e mentoria para jovens empreendedores é uma das frentes de atuação da CERTI. Dessa forma, constituem-se redes de parceiros que aumentam as chances de sobrevivência de novos negócios.

O Sinapse da Inovação é um exemplo. A partir dele, mais de 650 empresas foram geradas e mais de 12 mil ideias em áreas como biotecnologia, gestão, eletroeletrônica e tecnologia social foram submetidas.

O sucesso da metodologia no Sinapse levou à criação do Centelha, programa que tem o objetivo de estimular a criação de empreendimentos inovadores e disseminar a cultura empreendedora no Brasil. Já foram mais de 15.400 ideias submetidas, 38.700 empreendedores capacitados e  490 startups apoiadas. 

Saiba mais no vídeo abaixo:

Incubadoras e aceleradoras

A formação de um ambiente protegido para empresas nascentes favorece estruturas para que empreendimentos de pequeno porte se desenvolvam e se fortaleçam. É o caso do Centro Empresarial para Laboração de Tecnologias Avançadas (CELTA), primeira incubadora do Brasil. 

Fundada pela CERTI em 1986, graduou mais de 100 empresas desde a sua constituição. 

Parques tecnológicos

Os parques tecnológicos reúnem incubadoras e proporcionam ainda mais consistência à união de novos negócios. São essenciais para o estabelecimento de ecossistemas, pois fornecem visibilidade aos pequenos empreendimentos diante do mercado. 

Parcerias público-privadas

A vontade pública e o conhecimento de líderes governamentais precisam existir para que as leis acompanhem a velocidade das transformações na sociedade e iniciativas públicas e privadas atuem mais em conjunto. Colaboração é a palavra-chave!

Em todo o planeta, muitas iniciativas avançam como resultado de ações em todas as frentes citadas acima. Conheceremos algumas delas no próximo tópico! 

Exemplos de soluções tecnológicas aplicadas à cidades

Modelos de negócio baseados em mobilidade elétrica são casos que já entraram no planejamento de vários países. China, Índia, Reino Unido e França são alguns dos que planejam banir a comercialização de carros com motor a combustão até 2040. 

Uma facilidade mais comum é a Application Programming Interface (API) Economy. Trata-se da comunicação entre diferentes interfaces para reunir dados e melhorar continuamente serviços e experiência dos usuários. 

Vamos, agora, a alguns exemplos práticos de cidades inteligentes!

Smart Cities na Europa

A União Europeia destaca em seu site 345 cidades da região que se enquadram nessa categoria ou que possuem projetos em andamento. A Espanha é um dos destaques, especificamente a cidade de Valladolid. 

Com eficiência energética nos edifícios e experimentos de mobilidade sustentável, foram alcançadas reduções energéticas de mais de 30%. Mais do que isso, 780 toneladas de CO2 deixaram de ser lançadas na atmosfera. 

A Espanha conta, ainda, com a divulgação de um ranking mundial de cidades inteligentes, medido e publicado pela Universidade de Navarra. 

Cidades inteligentes no Brasil

Segundo o Ranking Connected Smart Cities 2021, uma classificação que avalia 75 indicadores para indicar o nível de inteligência das cidades brasileiras, São Paulo é a cidade mais inteligente do País, seguida por Florianópolis.

Na capital de Santa Catarina, a rua Vidal Ramos é um exemplo claro de conectividade e modernização. Roteadores Wi-Fi e câmeras inteligentes acessadas por comerciantes e órgãos de segurança pública. 

Outra iniciativa de destaque é o “Monitora”, um sistema com inteligência artificial, desenvolvido pela startup Horus Smart Detections. Com drones e informações transmitidas via satélites, a solução é utilizada pela prefeitura do município e já detectou mais de 1200 ocorrências. 

Os desafios das Smart Cities 

Para chegar a soluções eficazes, é preciso mapear conexões e propósitos entre os diversos atores de transformação das cidades:

  • setor público
  • setor privado
  • universidades
  • ambiente
  • cultura

Esse é um processo gradativo, o que constitui um dos principais desafios para a articulação das smart cities. Para vencer barreiras como burocracia, falta de expertise da gestão pública e escassez de colaboração, alguns movimentos fazem a diferença para a evolução dos ecossistemas de inovação. 

Sem integração entre todos os agentes interessados em tornar as cidades inteligentes, de fato, boas para quem vive nelas, todo esforço para criar novas soluções será em vão.

É o que busca, por exemplo, o Sinapse e o Centelha. Já falamos sobre os programas no artigo, e queremos propor a leitura de um conteúdo completo sobre essas iniciativas! Saiba como estamos viabilizando ideias geradas por estudantes, pesquisadores, professores e profissionais de diferentes setores desde 2008: Acesse agora o eBook “Empreendedorismo e Inovação” da CERTI!

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